Experimentámos a Nintendo Switch

NintendoSwitchFeatureBig

A convite da Nintendo, visitámos os seus escritórios em Lisboa para conhecer em primeira mão a consola Nintendo Switch. Venham connosco tomar contacto com o conceito, as ideias, os jogos e os periféricos que vos esperam no lançamento do próximo mês.

A Switch tem o objectivo de mudar o paradigma das consolas através de uma plataforma híbrida, que pode ser usada de forma tradicional mas que, em qualquer momento, pode ser transformada em portátil para seguir viagem connosco. Neste espaço, além de podermos ver demonstrações práticas desse objectivo, tivemos demonstrações de funcionalidades e de conceito, experimentámos alguns dos jogos que vão estar disponíveis no seu lançamento e ainda podemos trocar algumas impressões sobre o seu futuro.

O nosso primeiro contacto com a Switch começou com uma breve apresentação guiada por Jorge Vieira, um dos representantes da Nintendo em terras Lusas. Ficámos imediatamente com uma ideia clara do potencial da consola. Vimos também o anúncio publicitário que já começou a passar nas nossas televisões e que acaba com um slogan interessante: “Quando, como e onde quiseres“.

O primeiro título que experimentámos foi o 1-2 Switch. Esta é uma compilação de mini-jogos que nos mostra o verdadeiro potencial interactivo da consola e dos seus comandos Joy-Con. Só tivemos oportunidade de experimentar três desses mini-jogos, mas a versão final do jogo terá, ao todo, 28 títulos.

O primeiro, levou-nos para o faroeste para um duelo. Aqui o próprio jogo convida-nos a ignorar por completo o ecrã e a olhar nos olhos do nosso adversário. Com armas no coldre (leia-se “Joy-Con em baixo”), esperamos pela indicação “Fire!” Nesse momento temos de ser os mais rápidos. No final é mostrado o grande vencedor e ainda nos mostra o ângulo em que a arma foi disparada. Este mini-jogo serviu como uma breve introdução à evolução de detecção de movimentos nos novos comandos.

No mini-jogo a seguir, foi aconselhado segurarmos o comando na horizontal e ao inclinar de um lado para o outro, teríamos de adivinhar o número de bolas no seu interior. Desta forma, ficámos a conhecer a tal vibração em alta definição que a Nintendo anunciou no seu comunicado oficial e que nos deixou curiosos para perceber o que se tratava. Realmente, sente-se o número de bolas a deslizar de um lado para o outro, como se estivessem realmente no seu interior. Genial!

Por fim, fomos colocados frente a frente com outros jornalistas, olhos nos olhos, com um objectivo muito simples: Ordenhar uma vaca. Como devem calcular, não podia ter sido mais constrangedor mas, ao mesmo tempo, divertido. Este jogo serviu especialmente para a utilização conjunta da detecção de movimentos com a vibração HD. O objectivo estava, essencialmente, na coordenação do movimento com o pressionar dos botões para finalmente decidir quem conseguia encher mais copos de leite.

Depois de experimentar os Joy-Con, fomos convidados a jogar o nosso conhecido Splatoon 2. A sequela do famoso jogo marca o regresso de um título muito divertido, desta feita com alguns pormenores adicionais. Há novos mapas e novas personagens, mas o principal destaque está no modo campanha a solo, que não existia no original. Além disso, temos a possibilidade de jogar em rede local, algo que com a Switch, torna possível ligar em ad-hoc até 8 consolas.

Para este jogo, alguns jogadores usaram a Switch em modo portátil e outros em modo de consola fixa. No final de alguns combates trocámos, tudo com o intuito de experimentar a Switch em ambos os modos. Esta experiência deu-nos a capacidade de avaliar, entre outros pormenores, o peso, características gerais de visualização e a ergonomia desta nova consola.

Apesar de ter algumas protecções adjacentes, porque as consolas testadas ainda não serão versões de retalho, a Switch parece ser incrivelmente leve. Na realidade, consegue ser mais leve que o próprio gamepad da Wii U. Isto, quanto a nós, é particularmente importante numa consola que pretende ser facilmente transportável para qualquer lado. O seu peso é aceitável, mesmo que as dimensões gerais sejam consideráveis.

No que toca a resolução, foi-nos indicado que em modo portátil a consola é capaz de 720p, mas quando ligada a uma TV consegue atingir a resolução 1080p com 60 fps. Questionámos se esta subida de resolução estaria directamente ligada com o doca da Switch como uma espécie de processamento adicional, mas esta unidade fica apenas responsável por transmitir a imagem para a televisão através do protocolo HDMI.

Segundo as explicações, a subida de resolução deve-se maioritariamente a um esforço adicional da consola em si que se torna possível na doca devido à constante ligação à corrente eléctrica, conferindo energia suficiente para acelerar a ventilação da consola. Curioso.

Depois deste primeiro contacto, experimentámos o jogo Arms. Não esperávamos que este título fosse tão imersivo e desafiante. Os trailers de revelação mostravam-nos uma espécie de Boxing do Wii Sports, mas não podíamos estar mais enganados. Arms requer boa coordenação e estratégia. E até é capaz de nos ajudar a ganhar alguma forma muscular e tudo.

Resumidamente, é uma espécie de jogo interactivo de pugilismo, onde os nosso braços são substituídos por gigantes molas que esticam até à outra ponta da arena. Cada Joy-Con, fica responsável por cada braço e é possível fazer efeitos de curva, defender cruzando os braços ou desviar de golpes inclinando os comandos para a direcção desejada. Este é, sem dúvida, um jogo que queremos testar com mais profundidade logo que esteja disponível.

Para além destes títulos já mencionados acima, haviam outras áreas com outros jogos como o Ultra Street Fighter 2: The Final Challengers, Super Bomberman R, Sonic Mania, Snipperclips, Mario Kart 8 Deluxe e Fast RMX. Contudo, o especial destaque estava guardado para o final da apresentação com The Legend of Zelda: Breath of the Wild.

Neste momento, a nova aventura do Link é a joia da Nintendo. É o último jogo a ser lançado para a Wii U e o primeiro a ser disponibilizado para a Switch. Um título que marca, não só uma mudança de geração em consolas, como também o trigésimo aniversário da série.
Na E3, em 2016, foi considerado como o melhor jogo do evento e no TGA do mesmo ano, foi considerado o jogo mais esperado de 2017. Tudo está a favor de Breath of the Wild, aparentemente.

Do que jogámos, só temos de nos queixar da demonstração estar limitada a 20 minutos. Acreditamos que se não fosse essa limitação, ainda hoje lá estaríamos a explorar o gigante e vasto mundo aberto.

Não queremos revelar muitos detalhes do jogo. Preferimos deixar o melhor para a análise. Contudo, os vinte minutos que podemos experimentar, marcam o início de uma grande aventura com Link a acordar de um sono profundo e a ouvir uma voz misteriosa que o guia para descobrir o que aconteceu ao reino de Hyrule. No decorrer da demonstração, descobrimos que se tinham passado 100 anos desde que Calamity Ganon arruinou Hyrule e cabe a Link evitar que o mal se espalhe para além do seu reino.

A nova Switch surpreendeu-nos pela positiva. Não temos dúvidas que estamos perante uma consola diferente do habitual. É bastante leve, ergonómica e pela primeira vez, os jogadores terão a oportunidade de usufruir de uma consola de utilização multi-facetada. Seja no conforto do sofá, como uma consola tradicional ou para levar connosco para aquele intervalo de almoço. Não podemos deixar de referir na possibilidade de ligar em rede várias consolas ou usar um só conjunto de Joy-Con para jogar com um amigo.

Com esta apresentação a Nintendo Portugal, restam muito poucas dúvidas do valor deste conceito. Vejamos se a Nintendo Switch irá vingar onde a Wii U não conseguiu quando chegar às lojas Portuguesas no dia 3 de Março.

Comentários

Comentários