Insólito – Jogador apoia invasão da Ucrânia em pleno torneio de DOTA 2
Ivan ‘Pure’ Moskalenko era só mais um jogador de DOTA 2, num dos vários torneios competitivos deste famoso jogo. Contudo, ao desenhar uma letra, ditou a sua suspensão e a repreensão pública.
A invasão da Ucrânia por parte da Rússia, tem gerado uma onda de solidariedade pelo país invadido. Muito, mesmo muito, raramente, porém, ouvimos do lado oposto as manifestações dos que conseguem encontrar algum tipo de justificação pela atrocidade. E quando isso acontece, nem sempre de forma directa, há repercussões.
Que o diga Moskalenko, que no passado sábado decidiu desenhar uma particular figura no mini-mapa do seu jogo durante o torneio ESL One Stockholm Major de DOTA 2: a letra “Z”. O acto pode parecer inocente, tratando-se de uma simples letra, só que os mais atentos não deixaram passar a acção.
É que a letra “Z” tornou-se um ícone de propaganda pela Federação Russa, especialmente para indicar apoio ao Presidente Vladimir Putin e à invasão da Ucrânia. A origem é relativamente famosa, já que o símbolo tem sido usado para decorar os veículos militares dos invasores na Ucrânia.
A situação foi de tal forma polémica, que não podemos sequer mostrar o vídeo de Moskalenko a desenhar a dita letra. Todos os vídeos que surgiram foram rapidamente censurados mas há quem tenha publicado em páginas pessoais. Nesses vídeos, é possível ver o jogador (cor rosa) a desenhar a letra no mini-mapa, enquanto os seus companheiros da equipa “Outsiders”, pertencentes ao grupo Virtus.pro, tentam em vão desenhar por cima para ocultar a acção. Há também várias capturas de ecrã do sucedido (em cima).
Moskalenko, por seu lado, defendeu-se dizendo que foi um “acidente” (no vídeo em baixo) mas acabou por se retratar e pedir desculpa pelo sucedido, apelando mesmo à paz. Tratando-se de um jogador Russo numa equipa Russa, a jogar contra uma equipa constituída por dois jogadores Ucranianos, desenhar um “Z” não parece bem um “acidente”.
A organização do evento não tolerou o sucedido e no dia seguinte emitiu uma nota em que desqualificou a equipa da prova e de todas as futuras partidas na já mencionada competição. Contudo, a desqualificação da equipa não se deveu (só) ao acto impensado em si mas a uma tecnicidade.
Embora a equipa Virtus.pro tenha amplamente refutado a decisão, dizendo ser “muito severa”, acabou por despedir o jogador visado. Ora, este despedimento fez com que a equipa tivesse sido desqualificada da competição, já que não se podem fazer substituições de jogadores. Os danos de imagem, porém, estão longe de ficarem sanados.
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