Insólito – Produção de filme confunde-se com logótipo de jogo

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Nestes dias, se forem ao cinema, poderão encontrar o filme The Pope’s Exorcist com o actor Russel Crowe no principal papel. Ao que parece, o filme é baseado em factos reais… menos num determinado símbolo.

No filme, Crowe protagoniza um padre, cuja profissão, aparentemente, é mesmo real. Existe mesmo um exorcista-chefe no Vaticano ao serviço do Papa. Temática à parte, seria mais um filme para gostos muito peculiares, não fosse um deslize no departamento de arte do filme.

Ao que parece, a dada altura, o tal exorcista terá alguma forma de contacto com a infame Inquisição Espanhola. Ora, não quer dizer que os Inquisidores tivessem um “logótipo estampado nas suas camisolas” mas, de facto, tinham um símbolo, um brasão (em cima) da sua infame ordem. A produção do filme quis recuperar esse símbolo… mas acertou ao lado. E o que usou é francamente familiar… porque pertence a um jogo muito popular.

Sim, este símbolo usado numa imagem cravada em pedra, embora estilizado de forma ligeiramente diferente, é francamente semelhante ao símbolo da Inquisição no jogo Dragon Age: Inquisition da Bioware (Electronic Arts). Escusado será dizer que o que foi usado no jogo é um símbolo fictício, criado para ser algo único para o seu lore e… bom, agora também foi usado no filme, por qualquer motivo.

Duvidamos sinceramente que tivesse sido algum tipo de homenagem mas nunca se sabe se na produção não há lá um fã do famoso RPG da Bioware. O mais provável é que tenha sido um engano. Até porque uma rápida pesquisa online pela palavra “Inquisition” no Google, devolve muitas vezes o logótipo do jogo, sem contexto sobre o que se trata. Ainda assim, seria algo inexplicável que alguém na produção se limitasse a “googlar” um logótipo e usasse a primeira coisa que lhe apareceu.

Por outro lado, o filme alega que segue factos e eventos reais da vida do Padre Gabriele Amorth, seria sensato que tivessem mais cuidado com as suas fontes. Tudo bem, estamos habituados a que Hollywood tenha as suas “liberdades criativas” mas este lapso é francamente caricato.

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