Os melhores jogos de 2015 para o WASD

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Como já tem vindo a ser hábito, reunimo-nos no final de cada ano para falarmos acerca dos jogos que o marcaram. Desta feita fizemos a nossa avaliação de forma um pouco diferente. Afinal este foi um ano marcado por regressos de grandes séries e até de algumas desilusões. Saibam, então, como foi para nós este 2015. 

Ivo Pereira

Os jogos do ano

Com apenas 365 dias e milhares de jogos novos é impossível experimentar todos eles e é por isso mesmo que não irão encontrar na minha lista jogos de renome como Metal Gear Solid ou até mesmo o Witcher, ambos considerados por muitos como o jogo do ano. Isto porque simplesmente, ainda não os consegui jogar como gostaria de modo a dar uma avaliação justa. No meu top deste ano, vão encontrar os jogos que dediquei mais horas e que me proporcionaram as melhores experiências.

5 – Mortal Kombat X

A NetherRealm trouxe-nos o derradeiro Mortal Kombat, violento como sempre, mas ainda mais sangrento. Adicionou novas personagens à série e ainda nos trouxe algumas de Hollywood como o Predador e o Jason Vorhees. Para 2016 já estão previstas novas personagens, comprovando o empenho da equipa em manter o seu jogo actualizado. Graficamente está exemplar, cheio de efeitos de regalar o olho e capazes de contorcer até o mais forte de estômago com os ataques de raio-x e Fatalities brutais.

4 – Dying Light

Saiu no início do 2015 e por esta altura pode estar eclipsado por outros jogos, mas a verdade é que este foi o melhor jogo de zombies deste ano. Mistura acrobacias dignas de parkour em primeira pessoa, tal como o Mirror’s Edge nos apresentou, misturadas com muitos tiros e machadadas. Dá-nos a possibilidade de criar armas, evoluir a personagem e tem muitas missões interessantes, num enredo cumpridor.

3 – Super Mario Maker

A fórmula vencedora da Nintendo, aliada a uma componente que permite criar e partilhar os seus níveis, resultou num sucesso inigualável. Super Mario Maker (ou Super Mario Inifinito, como eu gosto de chamar) chegou e arrasou. Propulsionou as vendas da consola Nintendo Wii U e colocou os fãs do canalizador italiano a experimentar níveis tão difíceis que são capazes de deixar o Miyasaki orgulhoso.

2 – Need for Speed

Um reboot merecido para uma série que já conta com duas décadas. Este Need for Speed junta o melhor de vários jogos da chancela NFS. Tem as perseguições ao nível Hot Pursuit, a polícia de Most Wanted, a personalização de Underground e drifts ao estilo de Carbon. A fórmula usada pela Ghost Games resultou muito bem e os gráficos, com a ajuda do motor FrostByte da DICE, estão melhores que nunca. Este é, para mim, o jogo de carros do ano!

1 – Batman: Arkham Knight

Batman! O que é que posso dizer mais? Quando o comecei a jogar, senti-me novamente um adolescente. Só deixava de jogar para tratar da minha filha, para ir trabalhar ou até mesmo dormir, essas responsabilidades chatas de um adulto. Mas nunca descansei até chegar ao fim da história. O jogo tem as suas falhas, é verdade e se repararmos bem até se torna um pouco repetitivo, mas está muito bem disfarçado e proporcionou-me a melhor experiência de 2015. Este sim, foi o jogo do ano na minha Batcave!

Desilusões do Ano

Mas nem tudo são alegrias. Entre as dezenas de jogos que analisámos para o WASD, mais uma outra dezena de jogos que adquirimos pessoalmente, há sempre um ou outro que se destaca pelas piores razões.

The Order: 1886 – Este foi um jogo cheio de hype, imensas expectativas, que depois de um par de horas a jogar nos apercebemos que não era nada daquilo que esperávamos e a desilusão instalou-se de tal forma que nos sentimos abatidos por uma semana inteira. The Order: 1886, tem bons gráficos, aí não temos dúvidas, mas tentou ser demasiado cinematográfico e isso acabou por ter o resultado inverso. Isto, em conjunto com outros tantos erros e omissões acabaram por colocar o exclusivo da Sony neste outro pedestal menos positivo.

Evolve – Tinha tudo para dar certo, 4 jogadores no papel de caçadores contra um enorme e temível monstro, também ele controlado por outro jogador. A sua premissa era promissora e a equipa por trás foi responsável pelo fantástico Left 4 Dead. Mas, infelizmente, esse foi o estado em que o Evolve ficou nos primeiros meses de vida. Pouco depois do seu lançamento o principal foco do jogo, o multijogador, foi deixado ao abandono e nem os DLCs conseguiram salvar.

Alone In the Dark: Illumination – Sabem quando nos avisam (várias vezes) que um jogo é mau, mas simplesmente não queremos acreditar? Eu senti-me assim com o último Alone in the Dark. Como poderia ser assim tão mau? “Se calhar estão habituados aos jogos mais recentes”, pensei eu. Mas, não. Este jogo é tão mau que mancha uma série com tantos anos e com tanto potencial. Falta-lhe equilíbrio, design e diversão… Pelo menos o Steam já permite reembolsos.

João Pinto

Os jogos do ano

Que ano foi este. Foi muito difícil reunir aqui os jogos que mais gostei, a sério. Há alguns que claramente saíram vencedores. No dia que os comecei a jogar, senti logo ter nas mãos alguns jogos que iriam marcar pela diferença. Infelizmente um ou outro tornaram-se uma desilusão que tive de digerir. No entanto, a minha avaliação é mesmo da experiência que o jogo me deu do princípio ao fim da sua história principal e/ou paralela, além dos modos competitivos ou cooperativos.

5 – Tom Clancy’s Rainbow Six: Siege

Foi uma surpresa francamente agradável da Ubisoft. Na verdade, o combate táctico em espaços confinados fez sempre parte de muitos jogos de acção, mas nunca em exclusivo e com este calibre. Possui algumas falhas de servidores, não tem campanha offline e há outros problemas. Mas não o consigo largar, mesmo assim. Sobretudo o modo cooperativo PvE, que é qualquer coisa de viciante. Esperava um jogo interessante, mas não esperava colocar outros de lado para lhe dar preferência. Venham é mais correcções e conteúdo no futuro.

4 – Batman Arkham Knight

Apesar de alguns soluços, com a versão PC a cair na desgraça, nas consolas o Homem-Morcego despediu-se em beleza da série Arkham. Sem dúvida que Batman goza de imenso sucesso no cinema e os videojogos do estúdio Rocksteady não ficam atrás. Este último Batman Arkham demonstra muito bem o potencial das personagens da DC Comics, sobretudo os antagonistas. Um enredo interessante, muitas missões para fazer numa Gotham caótica e muito conteúdo adicional lançado até este mês tornam Arkham Knight um dos jogos do ano.

3 – Rise of The Tomb Raider 

Que pena este jogo ser um exclusivo Xbox One. Pena porque a comunidade PC e PS4 terá de esperar por ele algum tempo (para PS4 é quase um ano de espera). É um dos jogos que aconselho a quem tiver uma Xbox One. Pela sua beleza, pela sua dinâmica de sobrevivência, pela sua variedade entre exploração e combate, passando por algumas mecânicas interessantes, merece ser um dos jogos do ano. A bela Lara Croft tem uma missão com um enredo intrincado e com direito a revira-voltas, num verdadeiro regresso às origens da série.

2 – Fallout 4

Não está em primeiro lugar? A sério? Sim, Fallout 4 é um dos jogos que mais joguei este ano. Só há dois jogos que o ultrapassam em horas jogadas na minha biblioteca de jogos: The Elder Scrolls V Skyrim e o que ocupa o primeiro lugar desta minha lista. Tal como Skyrim, Fallout 4 é um jogo enorme (gigante mesmo) e cheio de pequenos e grandes pormenores. Analisei-o como pude e digo-vos que deixei muito por dizer. Ironicamente está cheio de bugs, como quase todos os jogos Bethesda, mas é já um culto. E os mods que podemos adicionar, só aumentam o interesse.

1 – The Witcher III Wild Hunt

A obra-prima da CD Projekt RED tem de ocupar o primeiro lugar. O enredo fascinante, cheio de peripécias, drama, humor, terror e até romance, o grafismo irrepreensível, a enormidade de Temeria, repleta de sítios para explorar, o combate desafiante, a evolução e crafting entusiasmantes, enfim… É um jogo obrigatório. Não é apenas o jogo do ano para mim, é um dos meus jogos preferidos de sempre, numa série que só soube melhorar a cada título. E no final do ano ainda tivemos direito a uma expansão fantástica.

Desilusões do Ano

Todos estes podiam muito bem estar na lista acima se a avaliação se baseasse só no aspecto ou na qualidade cinematográfica. No entanto, um videojogo vive muito mais do que do seu aspecto. É inacreditável o que algumas produtoras fazem a troco de retorno financeiro fácil, mas pior é quando não se saber gerir pesados legados em mãos.

Metal Gear Solid V The Phantom Pain – A saída de Hideo Kojima da Konami foi apenas um dos capítulos de uma novela de fraca qualidade que resultou num jogo incompleto. Com um final inacabado e muitas dúvidas se a qualidade assinalável dos primeiros momentos de jogo, que nos levaram a dar uma nota elevada na altura, mereciam esse desfecho.

Star Wars: Battlefront – O jogo é absolutamente deslumbrante e cheio de pormenores para fazer sorrir qualquer fã da Saga. Mas não bastou. O conteúdo escasso e progresso online sem grandes incentivos, aliados a uma falta crónica de um modo de carreira, fez-me perder o interesse muito rapidamente. Uma pena estar aqui e não na lista acima, até porque o antecipei bastante.

The Order 1886 – O exclusivo da Sony prometia e muito. Apesar de ter levado a PS4 ao um novo limiar de fidelidade gráfica, pecou pela nítida falta de vontade de ir mais longe. A curta campanha não é justificável num jogo a solo. E o enredo nem sequer é memorável com poucos momentos significativos, além dos muitos tiroteios repetitivos.

Alexandre Carvalho

2015 chega ao fim dos seus dias e sem excepção ficam-nos alguns jogos memoráveis que vão continuar a tirar-nos horas de sono ao longo do ano de 2016. E até quem sabe mais tarde, quando estivermos a relembrar aquele jogo que tanto gostamos e que acaba por nos deixar com aquele sentimento de nostalgia e orgulhosos de o termos na nossa prateleira. Foram muitos os que me marcaram este ano, mas eis os que, por certo, não vou largar tão cedo.

5 – Ori And The Blind Forest

Visualmente deslumbrante e encantador, um jogo de plataformas como já não se via há muito tempo. Tão simples como engenhoso, tudo é trabalhado neste jogo indie para nos proporcionar uma fantástica experiência. Tem uma banda sonora soberba, capaz de nos deixar com uma lágrima ao canto do olho e uma historia que nos marca para o resto da vida.

4 – Super Mario Maker

Não foi necessário jogar muito para perceber que este é um dos jogos do ano, se não o jogo do ano na minha opinião. Considero-o um jogo infinito onde a nossa imaginação pode ser posta em prática sem limites. Pura diversão quer estejamos a jogar sozinhos ou a criar um nível para que os nossos amigos ou qualquer pessoa no mundo o possam completar. Preparem-se para daqui a vinte anos ainda o estarem a jogar.

3 – Project Cars

Amado por muitos, odiado por muitos mais, Project Cars não é para qualquer amante de simuladores automóvel, depressa percebi que dominar os veículos não iria ser fácil e logo aí passei a adorar o jogo pois um bom simulador necessita de oferecer um bom desafio. Com gráficos soberbos e veículos de eleição, este é um simulador capaz de vos encher as medidas.

2 – Metal Gear Solid V Phantom Pain

Amante incondicional da série, tenho que admitir que o fraco final que este jogo nos proporciona não é suficiente para abalar toda a sua inigualável experiência. Pela primeira vez na serie Metal Gear Solid podemos fazer as missões à nossa maneira, não sendo necessário “seguir um guião” o que nos dá outra liberdade e gosto pelo jogo. O Fox Engine continua cada vez mais belo, e preparem-se pois vão ter dois dos melhores sidekicks da historia dos videojogos, D-Dog e Quiet.

1 – The Witcher III Wild Hunt

Para muitos o jogo do ano, preparem-se para embarcar num open world envolvido por um cenário de fantasia visualmente brilhante que, ao inicio, vos vai intimidar e mais tarde premiar. Um sistema de combate bastante variado e de simples execução e uma banda sonora que provavelmente vos vai fazer correr o jogo apenas para a ouvirem sem quererem jogar. Deixo-vos um aviso, após cem horas de jogo acreditem, ainda vão ter muita coisa para aproveitar deste jogo!

Desilusões do Ano

Como nem tudo é óptimo, há sempre aquele jogo que nos faz abanar a cabeça e pensar como é possível lançar-se algo assim para o mercado.

Afro Samurai 2 Revenge of Kuma – Todos nós, jogadores, nos queixamos do sistema de câmara implementado em vários RPGs, pois nunca proporciona uma visualização como gostaríamos do que nos rodeia. Em Afro Samurai temos um sistema de câmara totalmente trancado numa posição que não podemos alterar. Isto para não falar na quebra enorme de fps durante os combos que vamos executando que são o grande foco do jogo. O único ponto positivo é mesmo o seu visual indie.

Rugby World Cup 2015 – Quando algo é lançado à pressa para o mercado, geralmente, não dá bom resultado. E este é um desses títulos, pois o mundial de rugby 2015 estava à porta! Um simulador bastante pobre em termos de movimentação dos jogadores em campo, que ainda hoje continua sem um modo online e visualmente nos remonta para os tempos da Playstation One…

Hatred – O seu visual a preto e branco dá um peso ainda maior à atmosfera neste shooter na terceira pessoa criado com o Unreal Engine. Com um grafismo simples, é um dos jogos mais violentos de sempre… e o mais aborrecido, de certeza. Não me entendam mal, quem não gosta de chegar a casa depois de um longo dia e disparar uns tiros num jogo? Mas este fá-lo do início ao fim e sem qualquer tipo de historia que agarre o jogador. Até mesmo as mortes personalizadas que podemos ir executando quando apanhamos alguém mais enfraquecido no chão se tornam enfadonhas.

E estas foram as nossas escolhas. Como sempre fazemos questão de frisar, o WASD avalia os jogos no seu website com base na experiência individual dos seus redactores. É possível que concordem ou discordem com as nossas opções. Mesmo entre nós há uma saudável discórdia. Saibam, porém que muitos dos jogos que estão nestas listas ou fora delas, são fruto de intenso trabalho das produtoras. Estas merecem toda a nossa consideração por nos trazerem excelentes produtos. Os que não chegaram às listas são, mesmo assim, alvo da nossa apreciação. Até mesmos as nossas desilusões não são sinónimo de maus jogos, apenas isso mesmo, desilusões. Como gamers esperamos sempre o melhor das nossas séries e títulos favoritos. Daí estarmos insatisfeitos com alguns deles.

E como puderam ver, este ano de 2015 foi um ano fantástico, cheio de novidades, reedições e regressos. Mas também foi um ano com algumas reviravoltas menos positivas. O que nos resta é apreciar os títulos fantásticos que nos chegaram e deram muitas horas de diversão, além de uma esperança que 2016 seja ainda melhor.

Nós vamos andar por cá para vos continuar a falar dos jogos do ano.
Tenham um feliz 2016, cheio de jogos!

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