Principais destaques das Conferências E3 2016

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Mais um ano, mais uma feira E3. Como é costume, temos sempre uma série de revelações, novidades e anúncios que queremos destacar. Nesta E3 2016, as conferências foram alvo de muita expectativa e, enquanto algumas produtoras e editoras corresponderam, outras ficaram aquém dos esperado.

E, independentemente do que mais esperávamos, baseando-nos nas nossas preferências individuais, há sempre um ou outro apontamento mais interessante de cada empresa presente. Neste artigo, vamo-nos basear na nossa extensa cobertura do evento para vos trazer os nossos principais destaques.

Electronic Arts

A gigante norte-americana abriu as hostilidades, mas nem sequer o fez na E3, pelo menos não de forma oficial. Optando por realizarr um evento próprio com o EA Play, apresentou, mesmo assim, a sua conferência agendada e intercalada com as demais conferências programadas da E3, aproveitando para demonstrar o seu actual e futuro portfólio.

Ivo Pereira

Jogo de destaque: Fe

O meu destaque vai não só para o jogo Fe, como para o programa EA Originals. Acontece-nos, várias vezes, ver muitas e boas ideias implementadas em jogos independentes, mas as produtoras nem sempre conseguem avançar com o seu projecto por falta de capital. Neste caso, a EA deu início a um programa que edita esses jogos indie, em que todos os lucros vão para as próprias produtoras. O recém-apresentado Fe (lê-se Fi), será o primeiro contemplado para dar início a este novo programa.

Sobre o jogo em si, Fe conta-nos uma história sobre a natureza e como tudo está ligado à sua volta. Aqui, cada uma das criaturas comunica com uma música peculiar que teremos de aprender ao longo do jogo para comunicar com as diferentes espécies. O que mais chamou a atenção foi o grafismo em tons púrpura, que oferecem uma experiência diferente do habitual.

João Pinto

Jogo de destaque: Battlefield 1

Gostei bastante da aposta da Electronic Arts em Battlefield 1. Tudo parece indicar que vamos ter um novo colosso dos shooters este ano. Está feita a vontade dos fãs que queriam algo novo, mas também de regresso às origens da série. Bom, nem tanto. Ao invés da Segunda Guerra Mundial do primeiro Battlefield 1942, este leva-nos um pouco mais atrás, à Primeira Guerra Mundial. Mas não pensem que, por isso, retrocede em qualidade.

Manda a prudência não esperar muito de um novo Battlefied, sobretudo no modo de carreira a solo que até pode ter bom aspecto neste título, mas nos anos anteriores deixou sempre a desejar. Agora, ao nível da jogabilidade online, parece-nos que toda aquela atmosfera visceral dos combates de trincheira, aéreos, com blindados e até com combate corpo-a-corpo promete e muito. Para quando a Beta? Geralmente, não demora muito depois da E3.

Bethesda

A conferência da Bethesda deste ano foi um pouco mais branda que em anos anteriores. Sem novos títulos das suas séries de referência, sobreviveu um pouco dos seus actuais sucessos e respectivas expansões. Mas até aproveitou para falar de novos títulos, entre um reboot e uma sequela. Até que seja lançado um novo The Elder Scrolls ou Fallout, a produção parece estar fora do estúdio interno da editora.

Ivo Pereira

Jogo de destaque: Prey

Já de madrugada e com os olhos a pesar de sono a assistir à conferência, chegou o anúncio onde uma voz dizia “Good Morning Morgan!” vezes sem conta e com outras acções a serem repetidas outra dúzia de vezes. O anúncio foi para o novo Prey, a ser desenvolvido pela Arkane Studios e rapidamente fiquei com energia como se já tivesse dormido 10 horas. Pode não ser como a maioria esperava, mas é um regresso desejado, num reboot com um novo protagonista, um novo tema e com muito bom aspecto.

Neste Prey encarnamos o papel de Morgan Yu, uma espécie de cobaia para algumas estranhas experiências que foram desenhadas para melhorar a raça humana.
O jogo terá lugar em 2032, onde Morgan acorda abordo de Talos 1, uma estação espacial que foi invadida por alienígenas. Para sobreviver, Morgan terá de usar tudo ao seu alcance, desde a sua própria inteligência e, claro, armas e habilidades únicas.

João Pinto

Jogo de destaque: Dishonored 2

A continuação de um dos jogos de sucesso da Arkane Studios parece estar no bom caminho. Gostei que se mantenha todo aquele ADN próprio da acção furtiva com alguns poderes pelo caminho. A jogabilidade é expandida agora por duas personagens, dando um pouco mais de variedade à acção, ao invés de apenas controlarmos o taciturno Corvo Attano. Emily, no entanto, não deixa ser tão ou mais brutal que Corvo

O que mais me surpreendeu foi mesmo o novo motor gráfico Void com animações, texturas e modelos de óptimo aspecto. Toda a ambiência steampunk do primeiro jogo parece recuperada e até refinada, numa excelente experiência visual. A arte do jogo é igualmente fantástica, muito além do já magnífico primeiro título. Vejamos como se comportará a versão final, sobretudo no que às consolas diz respeito. O primeiro jogo merece uma óptima sequela.

Microsoft

As novas consolas Xbox One quase, quase toldaram todos os demais anúncios da Microsoft nesta E3. No entanto, com o anúncio da nova política “Play Anywhere”, os jogos foram o claro foco desta sua conferência. Entre algumas confirmações de rumores e poucas surpresas, a gigante norte-americana apresentou um lote muito interessante de jogos exclusivos e multi-plataforma em parceira com outras produtoras.

Ivo Pereira

Jogo de destaque: Forza Horizon 3

A conferência da Microsoft revelou imensas novidades para a Xbox One. Jogos que serão compatíveis com a consola e com o Windows 10, uma Xbox One mais pequena e até um pequeno vislumbre do futuro das suas consolas. Contudo o que mais se destacou para mim e que ainda continuo a pensar nele, é Forza Horizon 3.

Desde o primeiro Forza Horizon que a série Forza passou a ser de pura diversão e sem limites. Não é tão realista como o seu irmão Forza Motorsport e isso nota-se logo no trailer. Ninguém no seu perfeito juízo irá conduzir um Lamborghini Centenario, que custa algo como 2 mil milhões de euros, numa praia da Austrália. Portanto, fora o “pequeno” pormenor de lógica financeira, Forza Horizon 3 está no meu radar para um dos jogos de corrida mais esperados para 2016.

João Pinto

Jogo de destaque: Sea of Thieves

Hã? Com tantos jogos visualmente colossais e com tanta expectativa, vou escolher este? Então e Gears of War 4? E Halo Wars 2? Nenhum me surpreendeu mais que Sea of Thieves. O novo título da Rare foi apresentado o ano passado mas, por qualquer motivo, não lhe dei grande importância. Até ver o mais recente trailer de jogabilidade e entender o verdadeiro potencial deste novo título cooperativo e competitivo.

Nesta busca por jogabilidade e lógicas realmente originais, Sea of Thieves é aquele jogo que sempre quisemos ter: é de mundo aberto, permite cumprir papéis, permite cooperar para controlar um inteiro navio, permite interagir com outros jogadores e até permite juntar-nos à tripulação em batalhas navais. Não ficou claro se haverá jogabilidade offline ou a solo, mas o que foi mostrado convenceu-me a meter a pala no olho e pegar na garrafa de rum.

PC Gaming Show

Cada vez mais, a conferência promovida pela revista PC Gamer aparece desfalcada de grandes títulos. Até porque as principais empresas de jogos AAA estão, também elas, cada vez menos viradas para o mercado de PC, com as consolas a proporcionarem maiores receitas. Mesmo assim, a cada ano a qualidade dos jogos apresentados parece aumentar e este ano tivemos óptimas revelações.

Ivo Pereira

Jogo de destaque: Observer

Confesso que não tinha grandes expectativas para a conferência PC Gaming Show, mas até fiquei surpreendido com alguns jogos que foram lá revelados. Nomeadamente, Tyranny, Arma 3 Apex e Observer, que dou o lugar de destaque. A ser produzido pelo mesmo estúdio de Layers of Fear, promete trazer todo o tipo de reacções à flor da pele e isto é muito bem reflectido no trailer que a produtora partilhou durante a conferência da PC Gamer.

Em Observer, somos um agente de uma polícia especial capaz de entrar nas mentes e memórias das vítimas e dos criminosos, o que pode trazer vantagens para as investigações ou não. O jogo não é tão sangrento como o Layers of fear, mas promete um terror sem igual, capaz de vos fazer reagir de forma como nunca pensaram. Tudo isto num ambiente que faz lembrar um mistura entre P.T. e Matrix, promete!

João Pinto

Jogo de destaque: Arma 3 APEX

É impressionante como um jogo lançado há quase três anos, possua uma legião tão grande de fãs e continue a lançar conteúdo que expande as suas capacidades. Depois de uns quantos pacotes de armas, equipamento ou veículos, APEX é a verdadeira grande expansão para Arma 3. Pela primeira vez, é adicionada uma nova região, novas facções, mas também novos veículos, novas armas e toda uma nova experiência.

A Bohemia Interactive poderia ter lançado um novo jogo, obtendo mais lucro com um nova publicação. Mas optou por lançar um DLC a uma fracção do preço, embora o aspecto geral nos dê a entender que o “upgrade” não fica pelos novos itens. Há um importante trabalho de modernização gráfica a ter em conta, mesmo que o jogo original já fosse visualmente competente. Assim sendo, não é preciso um Arma 4 por agora. Venha APEX.

Ubisoft

Por detrás de uma conferência muito animada, esteve uma empresa a celebrar 30 anos e a lutar pela sua independência da omnipresente Vivendi. Entre títulos que enfrentam dificuldades, como The Division, a falta de um Assassin’s Creed (este ano há um filme) e algumas dúvidas na viabilidade de títulos como Ghost Recon: Wildlands ou WatchDogs 2, ainda houve espaço para alguma esperança para a editora e produtora Francesa.

Ivo Pereira

Jogo de destaque: Steep

Apesar de muitas fugas sobre os títulos que a Ubisoft ia revelar, houve um título que surgiu praticamente do nada e que me despertou muito interesse. Eu nem costumo ligar muito a jogos de desportos radicais, mas Steep vem reinventar a forma como se desce (digitalmente) uma montanha em grande estilo, Seja a fazer snowboard, ski ou com um wingsuit.

Com data de lançamento marcada já para o próximo mês Dezembro, Steep deixa-nos descer as montanhas dos Alpes com os já mencionados desportos radicais. A atenção ao pormenor foi o que mais se destacou, onde nem os logótipos da Red Bull ou GoPro faltaram. Nestas montanhas é possível criar desafios, bater recordes e gravar todo o nosso progresso. Incluindo as violentas quedas. Este será, sem dúvida, um jogo a ter debaixo de olho.

João Pinto

Jogo de destaque: For Honor

Digam lá o que disserem, falem-me no “plágio a God of War”, falem-me na “lentidão de movimentos”, falem-me na “acção acéfala”, mas For Honor não deixou ninguém indiferente. Posso nem sequer ter entendido muito bem o enredo deste título, mas fiquei convencido pela qualidade visual, pela dinâmica ente os Samurais, Vikings e Cavaleiros e pelas épicas batalhas.

Os combates alternam entre a pura destruição de tropas e o combates directos contra bosses de (quase) igual estatura e perícia. A estratégia parece simples e fácil de dominar, o que é o que se precisa para um título deste género. O meu único receio é que a história que envolve a overlord Apollyon seja meramente acessória… ou que, na péssima tradição da Ubisoft, o grafismo sofra um downgrade até à versão final. Veremos.

PlayStation

Para muitos, a Sony PlayStation foi a grande vencedora desta E3. Para outros, a editora e produtora apenas lançou muitas ideias para o ar, com jogos que ainda vão demorar a ser lançados. Seja como for, tanto pela aposta nas sequelas de títulos de sucesso, como pelos novos IPs, a gigante Nipónica está em alta, nem que seja pela fantástica revelação do próximo God of War. Mas houve mais que nos chamou à atenção.

Ivo Pereira

Jogo de destaque: Resident Evil 7

Não sei por onde começar. Há tantos títulos que me deixaram interessado: God of War, as reedições de Crash Bandicoot, Spider-Man, Mafia III, Horizon Zero Dawn, Detroit: Become Human… Bom, acho que já perceberam que é complicado destacar um jogo no meio desta lista enorme que a Sony nos trouxe. Mas, como tenho de escolher apenas um, vou destacar aquele em que eu tinha menos expectativas, o Resident Evil 7.

Confesso que fiquei mesmo surpreendido pela nova abordagem da Capcom ao seu jogo inserido na famosa série de culto. Depois de muitas críticas relacionadas com o seu alegado abandono do género de terror, eis que chega um título claramente inspirado em P.T. Querendo com isto dizer que será totalmente na primeira pessoa e com gráficos foto realistas para ajudar aos nossos sustos digitais. Como diria o Sr. Candie: “tinham a minha atenção, agora têm o meu interesse”.

João Pinto

Jogo de destaque: Days Gone

Oh não… mais um jogo de zombies… Confesso que também estou farto de tantos jogos com mortos-vivos. Esta E3 ainda teve alguns títulos com zombies a serem anunciados, alguns mais interessantes que outros. O que eu apreciei neste Days Gone, porém, nem foi bem o tema genérico, mas a ideia de mundo aberto com uma (aparentemente) forte ligação narrativa. Pelo menos, foi isso que o trailer mostrado na conferência deu a entender.

Deacon St. John parece um sujeito terreno, um anti-herói marcado pela tragédia e obrigado a sobreviver pela violência. Não parece ser um caçador de zombies desmiolado, como é o costume. Por outro lado, o que nos é dado a ver a nível gráfico tem muito bom aspecto, fazendo lembrar títulos icónicos como The Last of Us. Talvez seja o último título de zombies pelo qual me vou interessar genuinamente.

Nintendo

Não sabemos muito bem o que aconteceu com a Nintendo este ano. A sua conferência foi algo curta, sem grande conteúdo e totalmente preenchida pelo novo jogo da série Zelda e o próximo título duplo da série Pokemón. Esperávamos tanta coisa desta E3 que ficamos na dúvida se a empresa Nipónica não teve tempo para se preparar melhor. De qualquer forma, até há coisas positivas a assinalar.

Ivo Pereira

Jogo de destaque: The Legend of Zelda: The Breath of the Wild

Para a conferência da Nintendo não é complicado destacar um jogo. A “Big N” teve, provavelmente, a pior conferência de sempre numa E3. Apresentaram o novo título para a série The Legend of Zelda, mas após isso teve uma enfadonha apresentação do novo Pokémon que durou uns longos 40 minutos. Zelda voltou com outros vídeos e ainda falaram de jogos que já sabíamos da sua existência. No entanto, por essa altura, muitos já tinham abandonado a conferência ou fechado o Livestream.

No que toca ao novo The Legend of Zelda: The Breath of the Wild este será o que tenho pedido há muito tempo, um “Skyrim em Hyrule“. Um gigante mundo aberto à exploração, várias habilidades para aperfeiçoar, possibilidade para escalar, planar, cozinhar… enfim uma panóplia de novidades para uma série que comemora, agora, trinta anos. Esta será a maior e melhor aventura de Link.

João Pinto

Jogo de destaque: The Legend of Zelda: The Breath of the Wild

Como disse o Ivo acima, não é difícil destacar um jogo da Nintendo nesta E3. Foi mesmo o único que nos fez desejar avançar os relógios para 2017 ou… ter uma consola Nintendo. É o meu caso. A minha última consola da “Big N” foi uma velhinha NES onde me fartei de jogar Mario. Zelda esteve sempre nos meus planos, mas nunca toquei na série, pelos mais diversos motivos. The Breath of the Wild poderá ser a motivação que me faltava.

Esta série de jogos exclusivos da Nintendo nunca me surpreendeu muito. Talvez o motivo fosse relacionado com o grafismo ou com a jogabilidade. Só que o primeiro motivo é só mesmo estético, o segundo, aliado ao factor diversão, sempre foi sinónimo desta série. Estou disposto a dar uma chance ao Link neste próximo jogo. Até porque a nova consola Nintendo NX parece ser bastante apelativa. Quem sabe se não compro o bundle consola + jogo?

Foram estes os nossos destaques. Certamente haviam outros jogos que dariam mais preferência, mas estes foram os nossos. Lamentavelmente, alguns jogos e outros destaques muito esperados não chegaram sequer à E3 pelos mais diversos motivos. Haverão mais conferências até ao final deste ano para mais anúncios de novidade e mesmo para termos mais informações de muitos destes jogos que destacámos.

Por agora, despedimo-nos da E3 e até para o ano!

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