Recordar: Wolfenstein 3D
Com o novo Wolfenstein a mostrar-se como a merecida sequela do pai dos First Person Shooters, não há melhor altura para recordarmos como tudo começou. Aproveitámos e matámos mais uns quantos Nazis pixelizados. Venham daí e deixem-se atingir pela nostalgia!
Wolfenstein 3D saíu no longínquo ano de 1992 para MS-DOS e, antes de ser convertido para outras plataformas de que talvez se lembrem, foi lançado sob a asa da editoria Apogee em shareware, o que significa que o primeiro episódio podia ser descarregado gratuitamente com a opção de comprar os restantes episódios por um determinado preço. Actualmente até existe uma versão que corre no vosso browser, sem qualquer plugin.
No jogo encarnamos o papel do Capitão William J. Blazkowicz, que depois de uma
missão de reconhecimento em que tinha de se infiltrar numa fortaleza Nazi (a Wolfenstein), ao mesmo tempo que tentava encontrar os planos da Operação Eisenfaust, algo correu mal e Blazkowicz foi capturado e aprisionado nessa mesma fortaleza. Mas isso não foi problema para o nosso capitão, rapidamente conseguindo safar-se, depois de apanhar um guarda desprevenido. O jogo começa ali mesmo, com um corpo aos nossos pés.
Depois de matar este guarda o nosso capitão está agora equipado com uma pistola e não tem a certeza se os restantes guardas ouviram, portanto é importante avançar com precaução.
A jogabilidade era tremendamente simples, percorríamos os labirintos de Wolfenstein até encontrar uma porta que nos levasse para o nível seguinte, certificando-nos de que os Nazis ficavam sempre no chão. Hoje em dia, tremenda simplicidade pode ser considerada um cliché mas não podemos esquecer que foi assim que os FPS nasceram… Esta é a origem!
Os labirintos complicam-se com o desenrolar do jogo e torna-se cada vez mais fácil perdermos-nos com tantas texturas repetidas. O que nos ajudava eram os nazis que iam ficando pelo caminho, só assim sabíamos que já tínhamos passado por aquele lugar.
À nossa disposição tínhamos um arsenal limitado mas que servia bem para o propósito. Na nossa posse tínhamos uma faca, uma pistola e se procurássemos bem logo no inicio, apanhávamos uma metralhadora rapidamente. Mais para a frente no jogo, era a vez de pegarmos na Gatling gun. Todas elas nos davam uma enorme satisfação enquanto as disparávamos contra os Nazis pixelizados e os ouvíamos a gritar pela vida.
No final de 1993, Wolfenstein já tinha vendido mais de 100,000 cópias através do “modelo Apogee” e isto foi muito antes da World Wide Web mostrar todo o seu potencial. Hoje em dia o jogo ainda é lucrativo, pode ser encontrado nas consolas mais recentes e o seu aspecto histórico é uma excelente razão para experimentarem, caso não o conheçam ainda, ou então para relembrar como tudo começou. Não podemos também esquecer que esta produtora, a Id Software, lançou mais tarde o Doom mas isso é tema para outro artigo.
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