Reportagem – Apresentação Marvel’s Spider-Man
Numa manhã de calor no coração de Lisboa, estivemos em boa companhia. Peter Parker, mais conhecido por Homem-Aranha, mostrou o que vale na apresentação à imprensa de Marvel’s Spider-Man, o muito antecipado jogo exclusivo da PlayStation 4.
O espaço escolhido para apresentação foi o simpático terraço do Edifício LACS no centro da Capital. Neste espaço decorado a rigor, uma série de consolas PS4 e PS4 Pro aguardavam os diversos convidados. Contudo, antes de dar início às “hostilidades”, foi tempo de uma breve apresentação do jogo. João Lopes da Sony Interactive Entertainment Portugal deu as boas vindas aos convidados e cedeu o lugar a Jon Paquette, Argumentista Principal da Insomniac Games a produtora do jogo.
Embora não possamos partilhar muito do que foi dito, fica bem claro que a Insomniac está a preparar um jogo de dimensões consideráveis. A história é inteiramente original, dando-nos uma nova perspectiva da vida de Peter Parker, bem mais crescido que o adolescente das comics, mostrando como combina a sua nova carreira com o seu alter-ego de Homem-Aranha. Paquette frisou que muito conteúdo está disponível no jogo final e que não nos foi possível vislumbrar nesta curta apresentação. Fatos novos, poderes e habilidades, mas também mais e notórios vilões vão dar que fazer ao aranhiço.
Quando foi a nossa vez de tecer a teia, não perdemos a oportunidade de jogar desde o início a demonstração disponível. Infelizmente, só não nos foi possível experimentar a versão em Português, devidamente localizada na nossa língua. Ou seja, Peter não falou em Português connosco. Contudo, o jogo final haverá de ter esse bónus interessante. Por outro lado, a build a que tivemos acesso parece-nos muito próxima do jogo final. Pudemos experimentar o jogo numa PlayStation 4 Pro num excelente monitor 4K. O deslumbre inicial é notório, mas já iremos falar um pouco do visual de Spider-Man. Agora, o assunto é outro.
Por causa de restrições de cobertura, não podemos falar muito concretamente do que jogámos. Nem sequer podemos mencionar detalhes da história, que personagens encontrámos e nem é possível mostrar imagens em jogo do que testámos. Os motivos são óbvios. Não só a produção quer reservar surpresas até ao lançamento, como pode haver ainda alguns ajustes a ter em conta. Contudo, a experiência gerada pela demonstração presente deu-nos excelentes vislumbres do potencial da sua jogabilidade e vamos tentar passar para vocês o que pudemos apreciar.
Tal como os jogos anteriores da Insomniac, a acção pretende ser bem equilibrada com uma narrativa sólida, forte em desenlaces e diálogos. Logo nos primeiros minutos, porém, experimentámos aquilo que pode ser um dos maiores trunfos deste Spider-Man: A navegação pela cidade de Nova Iorque tecendo teias e dando saltos acrobáticos. É a cena icónica do Homem-Aranha, lançar a teia, percorrendo as ruas atarefadas “dançando” elegantemente entre edifícios. O cinema levantou a fasquia do que esperávamos ver neste jogo. O que podemos dizer é que a Insomniac não desapontou.
A navegação é extremamente fluida e dinâmica, recorrendo a um punhado de botões para lançar a teia ou puxar-nos de edifício em edifício. Também podemos trepar e até correr pelas paredes. Carregando no R2 em andamento, até nos podemos locomover em passada de corrida numa espécie de parkour. É aqui que começamos a sentir as primeiras inspirações de outros jogos. Não há nada de errado nesta lógica de adoptar mecânicas já usadas noutros lados. Aqui, funcionam perfeitamente e oferecem momentos fantásticos. E ainda só abordámos uma das características deste novo jogo.
Nestes primeiro minutos também servem de tutorial e é por isso mesmo que somos logo levados ao combate. Sem querer revelar muito, vamos colocar um vilão atrás das grades, passando em revista todos os golpes básicos disponíveis. Uma vez mais, é notória a inspiração em outros jogos, mas temos de dar grande destaque a como todo o combate nos deu “vibes” da série Batman Arkham da Rocksteady. E, sim, isto é um completo elogio. Se há jogos que conseguiram criar um género de combate tão apreciado, foram esses. E a produção de Spider-man está ciente desse facto.
Desde os combos que podemos fazer, usar as teias para atordoar, quais batarangs, os golpes de finalização, as combinações entre golpes e saltos, uma árvore de evolução com novos movimentos e habilidades e até mesmos os sons de inimigos eliminados, parece que Peter Parker teve umas importantes lições com Bruce Wayne. De facto, para quê inventar tudo novamente se há já um padrão que os fãs esperam deste género? A apreciação deste combate é muito positiva, ficando só algumas reticências no ar quanto aos timings de golpe e contra-golpe. Algo que poderá ser facilmente polido.
Além dos combates, há secções que lidam com infiltração e estudo de opções de abordagem. Nem sempre o herói pode entrar numa sala cheia de meliantes de peito-cheio. É preciso usar tubos de ventilação ou recorrer ao meio ambiente para nossa vantagem. Há alguns inimigos e bosses que precisam de ser derrotados com subterfúgios, por exemplo arremessando objectos para os atordoar. Outros precisam ser iludidos com um desvio, para os atacar numa zona fraca. Se nada disto vos lembrar Arkham, precisam mesmo de revisitar essa série.
Na demonstração, foi possível experimentarmos algumas secções menos intensas. Há alguns puzzles para resolver no laboratório onde Parker agora trabalha. Depois de terminar a escola, Parker é um reputado cientista e uma das tarefas que teremos de o ajudar, é a estabilizar uma máquina e depois trabalhar num novo projecto de um fato para o Homem-aranha. Isto é feito com pequenos puzzles de lógica, alguns com algum nível de raciocínio à mistura.
Contudo, de tudo isto que já mencionámos, há algo que merece mesmo um grande destaque. Todo o trabalho de concepção visual é soberbo neste jogo. Spider-man puxa bem pelas capacidades da PlayStation 4 Pro, dando-nos momentos de grande deslumbre técnico. Faz-nos pensar que este jogo vai estar ali “taco-a-taco” com os outros jogos já lançados este ano nesta plataforma, como God of War ou Detroit: Become Human. Nova Iorque é um mimo visual, com imensos efeitos dignos de Hollywood. As personagens são credíveis com animações e expressões realistas. E tudo parece francamente polido.
E todos os amantes, tanto dos filmes, como da banda-desenhada, vão estar muito atentos a inúmeras curiosidades. Não só a cidade de Nova Iorque está reproduzida com imensos edifícios e pontos de interesse conhecidos, como há também imensas referências ao universo Marvel. Diálogos e referências a passagens de filmes são abundantes e, sim, o edifício dos Vingadores está lá. É um regalo para os fãs do aranhiço e da Marvel.
Queríamos falar muito mais do que jogámos e também muito mais do que não pudemos jogar. Infelizmente, o jogo final ainda não está nas nossas mãos, mas o que nos foi possível experimentar dá-nos imensa expectativa. Marvel’s Spider-man é uma excelente experiência visual, mas também contém boas interacções e um combate que, embora familiar, nos parece francamente positivo. Venha de lá o aranhiço para o próximo mês.
Conforme já vos dissemos, Spider-Man está gold e será lançado a 7 de Setembro como um exclusivo da PlayStation 4. Não se esqueçam de pré-encomendar para obter bónus de jogo e, quem sabe, até deitar as mão num dos bundles especiais da consola PS4 ou PS4 Pro.
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