Rescaldo do Alpha de Bloodborne
No Domingo passado teve lugar o terceiro e último teste Alpha de Bloodborne, o tão aguardado título da FromSoftware, responsável pela série Souls. Nós, como é evidente, estivemos por lá e vamos aqui deixar as nossas impressões.
Infelizmente não vamos poder entrar em grandes detalhes mas não se preocupem. Mais do que tudo, estes testes Alpha serviram para comprovar o que até então tinha sido revelado sobre Bloodborne, nomeadamente o aspecto visual e mais importante ainda (pelo menos nos títulos da FromSoftware) a jogabilidade.
Há muito que Hidetaka Miyazaki (director da From Software) tinha um sonho. Desenvolver um título situado algures na era Vitoriana. Finalmente esse sonho pôde tornar-se realidade e como tal a acção deste exclusivo para a PS4 tem lugar na cidade de Yharnam, onde reinam os estilos gótico e vitoriano. Nesta cidade diz-se que há uma cura para todos os males, cura essa que por muitos tem sido, em vão, procurada. O nosso personagem, como já devem calcular, tem como missão encontrá-la. Só que depressa se apercebe que Yharnam está amaldiçoada por uma misteriosa doença que transformou os seus habitantes em criaturas dignas dos nossos piores pesadelos.
Visualmente, este é um título que não vai desiludir, mas não posso deixar de mencionar que me deparei com algumas quebras de frames. Talvez por ser apenas um Alpha? Talvez. Percorrendo as ruas de Yharnam, não pude deixar de soltar algo como “Epá, nada mau, mesmo!” Mas, ou não fosse este um título da FromSoftware, não pude também deixar de reparar em todo o ambiente que me rodeava e que insistia em conduzir-me para a minha morte.
No que diz respeito à jogabilidade, é aqui que Bloodborne mais se mostra diferente da série Souls. Ou não fosse eu uma criatura de hábitos, assim que comecei a jogar carreguei logo no L1, para assumir uma posição defensiva. Tal como fazia no Demon’s e Dark Souls. Só que, longe de assumir a desejada posição defensiva, reparei que a minha arma esticou, o que mudou a sua forma de manobrar, aqui já com o tradicional R1. Carreguei no R2 e vi que este continua a ser o botão para executar golpes mais poderosos. Comecei a sentir-me mais ou menos em casa. Carreguei no L2 para ver se existe alguma forma de executar um Parry, e mais uma vez me surpreendi ao disparar uma pistola. “Estou tramado”, pensei.
Não havendo forma de me defender, a jogabilidade obrigou-me a assumir uma posição mais ofensiva. Mais uma vez, por ser uma criatura de hábitos, não pude deixar de sorrir a este novo desafio da FromSoftware que nos obriga a ser mais destemidos, em vez de nos fazer passar horas (por muito bem passadas que sejam) atrás de um escudo. Continuamos a poder rebolar ao carregar no Círculo mas, além disso e se for bem calculado, com o mesmo botão podemos projectar-nos na direcção desejada e flanquear o inimigo atacante.
A fluidez de movimentos funciona de forma exemplar e saber alternar entre as armas que temos equipadas promete mostrar-se crucial. Estas são várias, temos desde enormes martelos de duas mãos, a machados, espadas e adagas. Além disso vamos ter também para nos ajudar ou uma pistola ou uma espingarda. O facto de agora assumirmos uma posição mais ofensiva torna também a experiência ainda mais aliciante. Ou tudo ou nada, ou vai ou racha, ou fica ele de pé ou fico eu. Por norma prevaleceu o nada, rachou mesmo e ficou ele (e os outros) de pé mas percebem o que quero dizer, certo? A calma e o sangue frio vão mais uma vez mostrar-se cruciais. Além disso, não deixou de ser gratificante reparar que percorri em minutos o mesmo cenário onde antes demorava quase uma hora a fazê-lo.
Mas também a componente social não podia deixar de estar presente. Deixar e ler mensagens é ainda possível, bem como assistir à morte de outros jogadores. Além disso, também a forma de convidar e ajudar outros jogadores sofreu algumas alterações. Ao nosso dispor, pelo menos neste Alpha, tinhamos dois sinos, um grande e um pequeno. Apesar de já estarem disponíveis, as minhas suspeitas são que estes vão ter de ser adquiridos no jogo normal. Com o sino grande o nosso mundo fica disponível para que outro jogador nos venha ajudar. É aqui que entra o sino pequeno que ao ser tocado, pouco tempo depois nos transporta para outro mundo onde tenha sido tocado um sino grande. Tentei jogar com um amigo mas apenas consegui convidar e entrar no mundo de desconhecidos. Parece algo aleatório mas, talvez este aspecto venha ainda a ser corrigido.
Veredicto do que sabemos até agora
Bloodborne promete e muito. Com uma jogabilidade diferente que segue o lema “A melhor defesa é o ataque”, a experiência foi aliciante. No entanto não pude deixar de reparar em algumas quebras de Frames, sobretudo no terceiro Alpha. Chegámos à boss fight e depois da décima tentativa, foi à primeira que superámos este intenso combate. Quanto a este encontro, posso apenas aconselhar-vos a guardar itens de cura e projecteis, pois podem fazer uma enorme diferença. Mas mais palavras para quê, Bloodborne, como disse, promete muito mas agora tem de cumprir.
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