Sagas que nos marcam: The Witcher
O maravilhoso The Witcher 3: Wild Hunt, muitas vezes considerado uns dos melhores jogos de sempre, tanto pelo público como pela crítica, chega no dia 15 de Outubro à Nintendo Switch. É um sonho tornado realidade para muitos fãs. Aproveitamos este grande lançamento para revisitar esta série, falando da riqueza das suas personagens, criaturas e locais mágicos. Venham connosco nesta viagem na companhia de Geralt de Rivia.
A franquia de videojogos The Witcher é baseada nos livros escritos pelo polaco Andrzej Sapkowski, criador de todo este universo. O primeiro livro foi escrito em 1992 e reúne uma série de contos que nos dão a conhecer Geralt, Triss, Yennifer e muitas das principais personagens da série. Seguiu-se outro livro de contos, até que foi lançada a primeira de cinco “novelas” que compõem esta saga. Aqui, a história centra-se em Geralt e Ciri, uma aprendiz sobre a alçada do conhecido Witcher. Além dos livros, foram lançadas várias bandas-desenhadas, todas elas com imensa qualidade. A próxima aposta será a série, que está a cargo da Netflix que, apesar de ainda não haver data de lançamento, está prevista sair ainda em 2019.
Contudo, o que mais no interessa aqui são os videojogos. Ao todo, foram lançados três jogos principais e quatro spin-offs, todo eles desenvolvidos e editados pela CD Projekt Red, uma produtora polaca que é neste momento a maior empresa de videojogos da Polónia e uma das mais reputadas do mundo. Começamos então pelo início.
The Witcher foi lançado em 2007 para PC. Tal como os outros dois títulos principais, trata-se de um RPG em mundo aberto onde controlamos Geralt, um dos Witchers mais destemidos deste mundo, na sua demanda pela caça de criaturas e monstros. Acabamos por ficar no meio de uns confrontos entre humanos, elfos e outras raças pelo caminho e… é escusado entrar em mais pormenores relativos a história, pois queremos aliciar o leitor a jogar estas obras e, portanto, vamos evitar entrar em muito detalhe no que toca a narrativa.
Este primeiro título foi muito bem recebido pela crítica, que faz várias comparações com a série Baldur’s Gate, mas destacou a qualidade da história e do universo, bem como do combate. Contudo, este primeiro jogo ainda não gozou do sucesso comercial que os seguintes títulos viriam a ter.
Em 2011, chegava às lojas The Witcher 2: Assassins of Kings. Além da versão de PC, este segundo título foi também lançado na Xbox 360, aumentando assim o número de potenciais jogadores. Este jogo foi um gigantesco passo em frente para a série, tendo vendido cerca de 2 milhões de unidades, dando a possibilidade para a CD Projekt Red obter um orçamento mais volumoso para o que aí viria.
A todos os níveis, a série evoluiu de uma forma assustadora, sendo agora claro que já não estávamos perante um título de estreia de um estúdio desconhecido mas sim de um RPG de grande qualidade.
O combate melhorou imenso, a recreação do mundo é fabulosa e graficamente era dos jogos mais atractivos da altura. O jogo foi tão reconhecido e adorado, em especial pelo povo polaco, que o primeiro-ministro da Polónia ofereceu uma cópia do jogo a Barack Obama quando este visitou o seu país.
Contudo, o melhor estava mesmo guardado para o fim. Passados quatro anos, em 2015, é lançado The Witcher 3: Wild Hunt, tornando-se um sucesso instantâneo, sendo que só em pré-vendas do jogo, tinham sido feitas 1.5 milhões de compras. Os últimos números avançados pela CD Projekt Red, de Junho de 2019, dão conta que já foram vendidas mais de 40 milhões de unidades, um feito absolutamente notável. O jogo foi um sucesso tão grande que foram lançadas duas expansões, igualmente excelentes: Hearts of Stone e Blood and Wine.
Neste terceiro jogo, Geralt parte em busca de Ciri, a sua aprendiz que está desaparecida, encontrado inúmeras personagens conhecidas dos títulos anteriores. O jogo é simplesmente maravilhoso e é, de facto, um dos melhores RPGs de sempre. O combate é gratificante e desafiante, o mundo é absolutamente bonito e cheio de vida e a história é complexa e recheada de personagens ricas. É um marco na história dos videojogos e tornou-se um clássico imediato, de tal forma que a produtora quis avançar com o lançamento do jogo na Nintendo Switch, algo que para muitos seriam uma piada ou tecnicamente impossível. Agradecemos o esforço, CD Projekt.
Relativamente aos spin-offs, temos The Witcher Adventure Game, uma versão do jogo de tabuleiro que saiu para PC e Mobile; The Witcher Battle Arena, um MOBA que teve pouco sucesso e cujos servidores foram fechados no final de 2015; Gwent: The Witcher Card Game, um título inteiramente dedicado ao jogo de cartas disponível ao longo dos vários jogos e, finalmente, Thronebreaker: The Witcher Tales, um RPG que mistura estratégia e combates de Gwent, tratando-se do modo história deste famoso jogo de cartas.
Em suma, toda esta saga merece muita atenção por parte de qualquer apreciador de RPGs ou de uma boa história. É verdade que o primeiro jogo pode parecer algo datado graficamente mas continua a ser muito bom, sendo essa qualidade uma constante crescente nos seguintes títulos.
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