Spotify na PS4: Um passo na direcção certa

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Foi há bem pouco tempo, com a mais recente actualização da PS4 e PS3, que chegou aos jogadores das consolas da Sony a oportunidade de jogar e ouvir a música que quiserem, quando quiserem. O facto é que, por vezes, por muito boa que seja a banda sonora, por vários motivos queremos ouvir outra coisa, mas sem deixar de jogar para o fazer. Claro que isto no PC não é uma realidade e existem mil e uma formas de resolver esta questão mas a chegada do Spotify às consolas da Sony é, pelo menos para mim, um grande “finalmente” e um enorme passo na direcção certa.

Naquele que foi um dos seus primeiros artigos no WASD, senão mesmo o seu primeiro artigo de opinião, não me recordo agora, o nosso Miguel Guerra partilhou connosco o papel da Música nos Jogos e dos Jogos na Música. Claro que não poderia estar mais de acordo com o que foi dito e esta novidade vem bem ao encontro desta linha de pensamento. Quantas vezes não quis eu jogar a um título de Dragon Ball nas consolas ao som da banda sonora da série Anime? E se quiser jogar DriveClub ao som de Prodigy? E em Bloodborne

Na PS3 podemos apenas ouvir a música que o Spotify tem para oferecer, como tal foi a jogar Bloodborne para a PS4 que decidi experimentar esta aplicação. Estava preso no Boss (surpresa das surpresas num título da FromSoftware, certo?) final do jogo e por muito que todo este confronto seja aliciante, que é, não pude deixar de me frustrar com o constante interromper do desenvolver da música. Provocado claro pelas minhas várias mortes. “Olha, vou experimentar o Spotify”. Pede-me para tirar o jogo. “Tudo bem, eu tiro.” Fiz login, e apercebo-me de que os menus são pouco intuitivos e que a biblioteca na consola é pouco vasta. Ou isso ou então é demasiado confusa para que possamos descobrir da melhor forma o que queremos ouvir (a tão chamada “Falta de tacto ou aversão à mudança). O meu smartphone, que estava a rodar o Spotify com música para adormecer o meu recém-chegado rebento, reage ao ver outro Spotify ligado só que numa PS4 e pergunta-me se quero associar a conta. Claro que quero. No telemóvel regresso então aos tradicionais menus desta aplicação e à biblioteca que tão bem sei percorrer. Aproveito para informar que, para além dos smartphones, também podem controlar remotamente o Spotify da vossa consola através do vosso PC ou Tablet.

Rapidamente tudo ficou diferente. Com os sons de diálogo e de efeitos sobrepostos à música, bastaram umas pequenas nuances, aqui e ali, nas definições de som do jogo, para que tudo ficasse perfeito. Acedi a uma das listas que abrange vários dos temas mais emblemáticos da industria dos videojogos e rapidamente Bloodborne, bem como a luta na qual estava preso, atingiram proporções… Ora umas mais épicas, outras mais divertidas e outras sem qualquer sentido. Ele foi a abertura do Chrono Cross, ele foi a abertura do Skyrim, ele foi Shadow of the Colossus, ele foi Final Fantasy, ele foi The Legend of Zelda ele foi… a música de Tetris em jeitos de Ópera. Enfim… Várias entidades, nomes e compositores a trabalhar em conjunto, sem rivalidades, sem preconceitos, não para lucro mas única e simplesmente para o gáudio de um simples jogador que se tenta divertir ao som do melhor que têm para oferecer. Consegui matar o Boss? Não…  Mas que me tenho divertido à brava com isto, lá isso tenho.

Escusado será dizer que já experimentei com outros jogos e o resultado é igual. É pena agora, que o leque de músicas de algumas séries seja limitado ou inexistente no Spotify mas nada que o tempo não resolva. E vocês o que já estão a ouvir e a jogar ao quê?

 

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