Throwback WASD – Esta semana de Julho em 2016

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“Throwback Thursday” é uma popular tendência na Internet que certamente já devem conhecer. É principalmente usada nas redes sociais, onde os utilizadores partilham à Quinta-Feira uma publicação nostálgica de uma diferente era da sua vida. Esta nova rúbrica tem o mesmo intuito.

Tendo em conta que já contamos com uma década de artigos, será interessante revisitar alguns dos mais antigos e, assim, conhecermos a evolução de um determinado jogo, relembrar anúncios de  títulos marcantes e, quem sabe, sugerir novos jogos para experimentarem.

Xbox Play Anywhere

Foi por esta altura que a Microsoft começou a falar da sua funcionalidade “Xbox Play Anywhere“, tendo a sua data de lançamento confirmada para o mês de Setembro de 2016. Esta funcionalidade é muito usada hoje em dia e permite jogar o mesmo jogo tanto numa Xbox, como num PC com Windows 10. O serviço permite que um jogo comprado na loja Xbox ou Windows seja jogável em ambas as plataformas, partilhando progresso, savegames, compras adicionais de DLC e achievements. Por outras palavras, com esta funcionalidade, deixa de ser necessário comprar duas cópias do mesmo jogo nas duas plataformas.

Na maior parte dos casos, apenas jogos de produção interna recebem esta funcionalidade. Contudo, há já uma série de jogos de terceiros compatíveis. A título de curiosidade, o primeiro jogo que se estreou com o Xbox Play Anywhere foi ReCore. Hoje em dia a lista chega aos 181 títulos compatíveis, como indica o site oficial do serviço.

Scorn

Este é um daqueles títulos que queríamos apanhar aqui pelo “Throwback WASD”. Quando este First Person Shooter de terror foi anunciado, ninguém ficou indiferente à sua atmosfera perturbadora e às armas, que nos faziam lembrar a famosa pistola de ossos que disparava dentes molares no filme “eXistenZ“. O problema, é que ainda hoje Scorn não tem uma data de lançamento.

Tem na sua página no Steam vários vídeos de jogabilidade, onde podem ver todo o seu mundo orgânico que parece ter saído da mente artística de H.R. Giger. Contudo a data de lançamento continua por anunciar. Será que irá alguma vez ser lançado? Não sabemos, mas gostávamos de visitar esta atmosfera capaz de provocar os nossos piores pesadelos.

FIFA 17

Por esta altura houve também uma votação para escolher o jogador que iria marcar presença na capa de FIFA 17, deixando no banco o habitual Lionel Messi que marcou presença durante algum tempo nas capas do jogo da Electronic Arts.

Podíamos votar em James Rodriguez do Real Madrid, Marco Reus do Borussia de Dortmund, Anthony Martial do Manchester United e Eden Hazard do Chelsea. No final, Marco Reus acabou por ser o escolhido e ficou assim imortalizado pela capa do FIFA. O que nos leva a destacar esta campanha de marketing neste Throwback é simplesmente a sua originalidade e a participação dos fãs do jogo. Infelizmente, nunca mais se repetiu na franquia.

E uma vez que estamos a falar deste título, temos de realçar que foi com FIFA 17 que o futebol mudou e trouxe algumas melhorias e novidades para este jogo anual. A começar, claro, pelo modo carreira “The Journey” e outras novidades a nível de jogabilidade como indicámos aqui. Não esquecer ainda que este foi o primeiro FIFA a dar uso ao motor gráfico Frostbite que ainda hoje dá vida a muitos jogos da EA.

Para demonstrar esta nova tecnologia, vários jogadores emprestaram as suas feições para trazer outro nível de realismo ao jogo. A verdade é que não ficámos indiferentes “apesar de compreender o entusiasmo pela inovação que este modo traz à série FIFA, considero o motor gráfico Frostbite a verdadeira estrela neste capítulo. […] este é o FIFA mais fantástico que irão jogar a nível visual.”, como poderão ler na nossa análise.

Evolve

Este foi um dos títulos que seguimos de perto desde o seu anúncio. Afinal de contas era da equipa  Turtle Rock Studios que nos trouxe os títulos Left 4 Dead. Evolve prometia uma acção assimétrica única. Contudo, sabemos que não é fácil um shooter vingar no mercado saturado de jogos desse género. Foi isso mesmo o que aconteceu. Na nossa análise, podem ler que Evolve não é um jogo para qualquer um. É um jogo focado exclusivamente no modo multi-jogador assimétrico, competitivo e cooperativo.” Neste tipo de jogos, já sabemos que “requer uma boa equipa para tirar total partido da experiência” para além de que o tal “combate assimétrico […] é capaz de precisar de mais equilíbrio entre os lados.”

O desequilíbrio só foi mais potenciado com a quantidade insana de DLCs que foram lançados entretanto. Algo que a própria produtora reconheceu ser um pouco demais. Ainda assim, a equipa não desistiu e no dia 7 de Julho de 2016, colocaram Evolve como um título Free-to-play. Nessa altura, sofreu uma revisão nas classes, mapas, interface, lógica de progressão e muitos outros aspectos. E o trabalho de recuperação não ficou por aí, com outras mexidelas nas semanas seguintes.

Infelizmente, em Outubro de 2016, três meses depois de se tornar Free-to-play, a Turtle Rock decidiu abandonar a produção através de um comunicado onde os fundadores disseram que passaram “cinco anos e meio fantásticos no planeta Shear com um bando de Planet Tamers e temíveis Monstros”. Os servidores foram depois encerrados definitivamente.

Foi, sem dúvida, uma produção atribulada mas de certeza que a produção aprendeu algumas lições. Estamos quase a receber Back 4 Blood, o sucessor espiritual de Left 4 Dead, concebido por elementos que compunham a mesma equipa. A data de lançamento está marcada para Outubro e esperamos que tenha outro rumo.

Chegamos assim ao fim de mais um artigo nostálgico. Não percam a próxima Quinta-feira, quando regressarmos com mais uma data para recordar.

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