Throwback WASD – Esta semana de Junho em 2014
“Throwback Thursday” é uma popular tendência na Internet que certamente já devem conhecer. É principalmente usada nas redes sociais, onde os utilizadores partilham à Quinta-Feira uma publicação nostálgica de uma diferente era da sua vida. Esta nova rúbrica tem o mesmo intuito.
Tendo em conta que já contamos com uma década de artigos, será interessante revisitar alguns dos mais antigos e, assim, conhecermos a evolução de um determinado jogo, relembrar anúncios de títulos marcantes e, quem sabe, sugerir novos jogos para experimentarem.
Destiny
Por esta altura, em 2014, estava a decorrer a fase Alpha de Destiny, que acabaria por ser prolongada para a produtora Bungie fazer mais alguns testes. O jogo acabaria por receber a sua fase beta no mês seguinte e foi finalmente lançado no mês de Setembro. A expectativa estava muito alta para este título, da mesma produtora que nos trouxe a série Halo, agora como produtora independente. Ainda mais esperado era, porque o seu orçamento de produção rondava os 500 milhões de dólares.
No final, talvez devido à sua grande expectativa, esperávamos algo mais inovador e não “uma compilação do que já foi feito, embrulhado num pacote muito bonito”. Mesmo assim, achámos que era “viciante e a convidar à evolução tipo RPG“. Adicionando ainda que o jogo acabou por se tornar “curto e repetitivo passado algum tempo“, como podem ler na nossa análise.
Não quer dizer que seja um mau jogo, longe disso. Apenas esperávamos algo inovador como aconteceu com Halo. Inclusivamente, publicámos um artigo onde abordávamos em concreto a situação de Destiny e explicámos que onde realmente se destacou para nós: “não na jogabilidade e nem sequer no seu design deslumbrante mas sim, na forma inteligente como doseia o que oferece num FPS”. Ou seja, como se reinventou no género, usando a lógica MMO.
Destiny foi lançado em Setembro de 2014 para PS3, PS4, Xbox 360 e Xbox One. Recebeu uma sequela em 2017, desta vez para PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series S|X e Stadia.
LittleBigPlanet 3
Hoje em dia LittleBigPlanet já é sinónimo da marca PlayStation. Desde o início que o simpático SackBoy conquistou todos os fãs de jogos de plataformas. Por outro lado, também conquistou as mentes criativas que gostavam de dar asas à imaginação com o complexo editor de níveis que a própria produtora usou para criar as campanhas dos seus jogos.
A grande novidade de LittleBigPlanet 3 foi a adição das novas personagens Oddsock, Swoop e Toggle que se juntaram a SackBoy na PlayStation 4 numa jornada para salvar o planeta Bunkum do terrível Newton. Estes novos amigos trouxeram uma nova jogabilidade e cada um deles com uma habilidade específica: “OddSock, uma criatura de quatro patas muito rápida e com a habilidade de saltar de parede em parede. Depois temos o Toggle, um matulão cheio de força e também capaz de reduzir o seu tamanho para passar onde mais ninguém consegue. Por último, mas não menos importante, temos o Swoop. Um pássaro capaz de voar (duh!) e transportar todos os seus amigos para áreas de outra forma inacessíveis.”
Antes de colocarmos as nossas mãos no jogo, tivemos a oportunidade de assistir a uma demonstração do jogo na Lisboa Games Week desse ano, demonstrado por alguns elementos da equipa. Neste terceiro jogo da série em concreto, elementos da Sumo Digital, uma vez que este foi o primeiro LBP que não foi desenvolvido pela Media Molecule, a produtora original.
LittleBigPlanet 3 chegou no dia 26 de Novembro deste ano e ficámos rendidos: “Quer estejamos a jogar sozinhos ou com um amigo, o encanto de LittleBigPlanet 3 vai colocar um sorriso na cara. […] um excelente jogo de plataformas que se estreia agora na PlayStation 4. Em termos de longevidade, não há outro jogo igual…”
No Man’s Sky
Ainda nesta altura, todos tinham ideia que No Man’s Sky seria deslumbrante. Ainda não havia data de lançamento definida e a única coisa que ouvíamos era que este título iria “recorrer abundantemente ao conteúdo gerado de forma procedural, com exploração a pé e no espaço, acção sem limites, controlo de naves e batalhas épicas no espaço e no ar e muito mais”. Factura bem alta apresentada. Dizia-se mesmo que “a ambição da Hello Games poderá tornar este No Man’s Sky num dos melhores jogos indie já lançados, capaz até de competir com muitos jogos das grandes produtoras.” Como podem constatar, a expectativa estava bastante alta.
O trailer acima foi revelado em 2013, para nos dar uma ideia da visão da produtora. Nos anos seguintes fomos recebendo novidades e houve ainda alguns contratempos, como a inundação nas instalações da produtora. Nada fazia prever o descalabro que seria o seu lançamento e semanas seguintes.
Foi lançado em 2016 e não é novidade que este foi um lançamento muito atribulado e tido “como um dos possíveis melhores jogos do ano, acabou relegado para a categoria de “maior desilusão”. No Man’s Sky enfrenta problemas que nenhuma produtora desejaria enfrentar: O êxodo dos jogadores desapontados e alegações de publicidade enganosa.”
Um mês depois do seu lançamento, foi tido por vários jogadores como “como uma das maiores desilusões do ano” apesar dos esforços da produtora. Perante a péssima publicidade, mesmo assim a equipa continuou focada em melhorar o jogo nos meses seguintes. A verdade é que ainda hoje tem recebido várias actualizações e DLCs de forma totalmente gratuita. Por esta altura, agora sim, podemos dizer que, não só é o jogo que foi prometido em 2013, como oferece ainda mais.
Actualmente, podem experimentar No Man’s Sky no PC, PS4, Xbox One, Xbox Series S|X e PlayStation 5.
PlayStation TV
Ainda se recordam da consola PlayStation Vita? Pois bem, a PlayStation TV era basicamente uma Vita sem ecrã que ligava à televisão directamente para jogar os mesmos títulos da portátil da Sony. Como se tratava de uma PSVita, a maioria da suas funcionalidades mantinham-se, como o Remote Play, por exemplo. Como explicámos no nosso artigo “Tudo o que precisas de saber sobre a PlayStation TV“: “se estiverem a jogar na vossa sala de estar e quiserem ir para outra divisão, a PlayStation TV levará o jogo com vocês. Para além dos jogos, consegue também transmitir a música e vídeos que tenham guardados na vossa consola.” Além do Remote Play, já era prometido o acesso ao serviço PlayStation Now.
Tendo em conta o seu potencial, 99€ não era de todo um preço elevado para a PlayStation TV. No entanto, a consola não foi muito bem recebida e caiu no esquecimento. Basicamente, o seu infortúnio foi a própria indefinição da PS Vita, outra plataforma que caiu no esquecimento. Felizmente para a Sony, a PS4 continuou bem viva e a liderar um pouco por todo o mundo.
Chegamos assim ao fim de mais um artigo nostálgico. Não percam a próxima Quinta-feira, quando regressarmos com mais uma data para recordar.
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