Análise: Cooler Master – CM Storm Octane

A Cooler Master é maioritariamente conhecida pelas suas caixas, sistemas de refrigeração e também pelas excelentes fontes de alimentação. Mas a marca não fica por aí, com uma linha de produtos dedicados ao Gaming chamada CM Storm e que está no mercado desde 2008. No entanto, os seus produtos ainda passam despercebidos a muitos gamers.

No meu caso, tal como disse no Unboxing deste conjunto, confesso que nunca tinha experimentado nenhum produto da CM Storm.

Posso começar por vos dizer que este é um produto com um preço muito competitivo e apelativo. Principalmente se pensarmos que é dedicado a videojogos e, acreditem em mim, não vão precisar de arrombar um cofre para ter o Octane em casa. Enquanto escrevo esta análise, o Octane está no mercado a 50€ e reparem bem nas especificações:

Teclado:

• Retro-iluminação com 7 cores diferentes
• Máximo 19 teclas anti-ghosting
• 6 teclas multimédia independentes
• Possibilidade de bloquear o teclado por completo
• Possibilidade de bloquear a tecla “Windows”

Rato:

• 4 níveis de DPI (500-3200)
• Ciclo de vida com mais de 10 milhões de cliques
• Retro-iluminação com 7 cores diferentes
• Aspecto “Optimus Prime”

Parece demais para o seu preço? Isto sem mencionar que dá para ajustar a velocidade de repetição das teclas através de um atalho e nem vos disse que o toque das teclas, apesar de ser em membrana, tem uma sensação de teclas mecânicas. Isto devido a uma nova tecnologia patenteada pela Cooler Master. Este teclado tem funcionalidades que nunca vi em teclados de valor mais elevado.

Em termos de design, o teclado possui umas linhas futuristas e arrojadas, um descanso de pulsos fixo e um revestimento de borracha nas teclas. Aqui talvez esteja o meu principal receio, a experiência diz-me que estas superfícies, com o tempo, começam a ficar polidas e mais tarde começam a desfazer-se. Na pior das hipóteses, pode até acontecer ficarem um pouco pegajosas. No entanto, tenho usado o teclado intensivamente há cerca de um mês e, até agora, não apresenta qualquer sinal de deterioração.

Este teclado é ainda capaz de um anti-ghosting até 19 teclas, querendo com isto dizer que podem carregar em 19 teclas em simultâneo que ele interpretará cada uma delas sem conflito. Se pensarmos que um teclado banal tem anti-ghosting até 3 teclas e o já por nós analisado Deathstalker da Razer, que é também dedicado a gaming, possui anti-ghosting até 10 teclas, não é nada mau para um combo deste valor.

Pelo que verifiquei, o teclado tem uma matriz optimizada para prevenir o bloqueio nas teclas mais usadas para jogos. Teclas como W, A, S, D + Shift + Space + CTRL (no caso dos First Person Shooters), funcionam todas sem qualquer problema.

Já que estamos a falar em carregar em várias teclas ao mesmo tempo, tenho a dizer-vos que a Cooler Master fez um excelente trabalho na configuração das luzes e da repetição das teclas. Sem qualquer software, é possível configurar todas estas opções através de diferentes combinações de teclas.

Perto do ALT GR e do CTRL, no lado direito do teclado, existem duas teclas: A tecla de função “FN” e a tecla responsável por ligar e trocar as cores da retro-iluminação. Quando ambas são premidas, as luzes ficam com um efeito de pulsação, trocando entre as sete cores diferentes. Depois de escolhido o vosso modo favorito, podem ainda controlar o brilho, através das teclas Page Up e Page Down, pressionando também em simultâneo o FN.

Caso tenham optado pelo modo pulsação, podem também alternar entre as várias velocidades em que as cores trocam, carregando, mais uma vez, na tecla FN e de seguida na tecla ? ou >, ao lado do Backspace. É Rápido, prático e eficiente.

Para trocar a velocidade de repetição das teclas, ideal para jogos que usem alguma tecla para disparar, por exemplo, podem simplesmente carregar no FN e na tecla Q. Desta forma a velocidade é alternada em vários níveis, depois é só testar para verificar se está ao vosso gosto.

No caso do rato, não fiquei tão contente como com o teclado. Inicialmente, quando peguei nele, não me pareceu o rato mais ergonómico, devido à sua estrutura e peso. Durante o uso, comprovou-se isso mesmo. O topo do rato, onde estão o que parecem ser olhos, causa algum desconforto passado algumas horas de uso e um pouco mais de peso também não fazia mal.

Contudo, em termos de performance, não me desiludiu. Por alguns momentos, fui recordar o Quake III Arena, um jogo que requer rapidez e bom jogo de pulso e o Optimus Prime… perdão, o Rato, não me deixou ficar mal.

Tal como o teclado, também permite trocar entre sete cores diferentes, mas apenas nos “olhos”. A scroll wheel mantém-se sempre com a cor branca. O botão presente no topo, mais próximo da roda, permite trocar entre os quatro diferentes níveis de DPI que vão desde os 500 aos 3200, facilitando assim a troca a qualquer momento e em qualquer jogo.

Para finalizar, o rato possui ainda dois botões do lado esquerdo, acessíveis pelo polegar para trocar rapidamente entre páginas quando estão a navegar na internet. Tenho pena que não dê para personalizar estas teclas para algo mais específico para os jogos.

Se gostaram do modo pulsação na retro-iluminação, podem ainda carregar no botão das cores e num dos botões presentes de lado, para colocar o modo de pulsação também no rato.

Veredicto

A tendência para qualquer gamer é comprar periféricos que tenham boas funcionalidades e, ao mesmo tempo, tenham também bom aspecto. Como a retro-iluminação tem um grande peso neste último ponto, é compreensível que as marcas façam questão de destacar esta funcionalidade e é por isso mesmo que tenho de referir que o combo Octane, não só tem excelente aspecto, como também traz óptimas funcionalidades, algumas só vistas em periféricos de valor mais elevado.

Como o Octane é vendido como um conjunto, vou classificar como tal. É com pena minha que este combo não sai do WASD com a nota máxima. O rato podia ser mais ergonómico e podia ter uma forma de trocar a função dos botões laterais. Por outro lado, o teclado é fantástico.