Análise: Razer BlackWidow Ultimate 2016
A famosa “Viúva Negra” volta ao mercado com algumas melhorias fase à sua versão de 2014. O Razer BlackWidow Ultimate vem agora equipado com um sistema de teclas mecânicas desenvolvidas pela produtora, com melhor controlo de iluminação e com mais longevidade.
Começando pelo seu aspecto, não posso deixar de abordar uma questão decorativa. Este BlackWidow Ultimate, infelizmente, não possui a msema possibilidade de iluminação da linha Chroma que normalmente permite escolher a nossa cor de elição numa palete de 16 milhões de cores. Aqui, neste modelo em particular, estamos limitado à cor verde. Sabemos que é a cor oficial da marca, mas quem tem outras cores a decorar o seu PC pode ficar desapontado.
Contudo, esta iluminação monocromática pode ter outra vida. O teclado oferece uma panóplia de efeitos com essa luz que podem ser controlados através do software Razer Synapse. Entre os quais, estão presentes: Wave, Ripple, Reactive e Starlight. O vídeo a seguir da marca, explica-vos da melhor forma todos os efeitos em breves segundos.
O mais interessante é que é possível criar os nossos próprios efeitos de luz e animações com a ajuda do novo configurador, presente no software da Razer. É particularmente útil poder animar apenas as luzes das teclas que usamos num jogo e apagar as demais, por exemplo.
Ainda falando do aspecto, vamos ao design do teclado. Logo à partida, o que se destaca é a ausência da fila de Macros, presente nos modelos anteriores do lado esquerdo. Para dizer a verdade, nem senti falta destas teclas. Isto não significa que não seja possível configurar macros, apenas não terão a tal fila com teclas dedicadas. Em consequência desta ausência, o teclado é um pouco menos largo que o modelo anterior.
Do lado direito, o que salta à vista é a porta USB e a saída de áudio. Estas portas funcionam como pass-trough, ou seja, servem como atalho e assim passam um alcance rápido e cómodo para qualquer dispositivo USB (pendrive, por exemplo) ou auscultadores, sem ter de os ligar ao próprio PC.
No geral, a cor preta em contraste com a iluminação (neste caso, verde) prevalece, como qualquer outro produto da Razer. A parte inferior do teclado é alongada e serve para descanso dos pulsos. Algo que oferece um excelente conforto e apoio para as palmas das mãos, sobretudo numa utilização prolongada.
As novas teclas, proprietárias da Razer, actuam e voltam ao seu estado normal numa fracção de segundo, sendo desenhadas para ter o menor tempo de resposta possível. A Razer indica ainda, que as teclas aguentam um ciclo de vida de mais 60 milhões de keystrokes, o que oferece longevidade acima da média ao teclado. Estas teclas têm ainda o já conhecido revestimento de borracha, para uma melhor aderência nos momentos mais críticos, sejam eles num shooter ou a escrever num processador de texto.
Este já é o terceiro modelo BlackWidow que analiso e a minha luta pelas teclas de multimédia dedicadas continua. Claro, é possível controlar as músicas e os vídeos com a ajuda da tecla de função (Fn) conjuntamente com as teclas F1 – F7. Mas nem sequer estão próximas e, na maior parte das vezes, são necessárias as duas mãos para carregar em simultâneo. Talvez esteja a ser demasiado preciosista, mas a verdade é que há teclados low-budget que facilitam muito mais estas funções, com teclas dedicadas.
Antes de terminarmos, deixem-me falar da sua performance. Eu usei o teclado durante duas semanas, experimentei-o com jogos tão diversos como StarCraft II ou as Betas de TrackMania Turbo e DOOM. Instensidade quanto baste, portanto. Como esperado, o teclado da Razer comportou-se lindamente e não tenho nada a apontar sobre a sua performance. Tempos de reacção baixos, sempre reactivo aos constantes movimentos, sobretudo no DOOM em que tinha mesmo de ser rápido a reagir.
Talvez só tenha mesmo de apontar o barulho das teclas mecânicas. Por causa das suas molas, fazem um click distinto e ruidoso. E notei que não fui só eu a reparar nisso quando lá em casa frequentemente me diziam para “teclar mais baixo”…
Veredicto
A edição de 2016 do BlackWidow custa 129,99€ o que me impressionou. É mecânico, tem retro-iluminação e um bom software para gerir todas as suas configurações. Não só o torna o teclado da Razer com o preço mais acessível (sem irem para os mais básicos como o DeathStalker), como também o torna competitivo em relação às outras marcas. Podem nem gostar do verde da iluminação, mas a performance que oferece é muito boa. Se jogar é o vosso dia-a-dia e desejam um teclado resistente aos anos, então este é para vocês.
- MarcaRazer
- ModeloBlackwidow Ultimate 2016
- Lançamento2016
- Plataformas
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Não senti falta das teclas dedicadas às macros
- Pass-trough USB e Audio
- Conforto e Performance
- Barulho das teclas mecânicas
- Ausência de teclas de multimédia dedicadas