Análise: Razer Mamba
Não é por acaso que a Razer indica este rato como o mais avançado do mercado. Podemos até considerar que o Mamba (Versão wireless) é um rato de luxo dadas as suas funcionalidades acima do que é habitual para um periférico dedicado a gaming.
Esteticamente, o Mamba mantém o seu design desde 2009 com algumas ligeiras alterações, como o pequeno rebordo na extremidade de cada botão. Esta opção de design, além de estética, indica através do toque quando estamos no limite desse mesmo botão.
Nas suas laterais existe um revestimento de borracha para melhor aderência e do lado esquerdo tem dois botões extra que podemos personalizar como bem entendermos. No entanto, se forem esquerdinos, o design destro destas laterais deste rato não vos irá ajudar muito.
Ainda sobre o seu design, tenho de dar especial destaque à sua curvatura, que me parece virtualmente emprestada de outro rato famoso da marca, o Razer DeathAdder. Esta curvatura proporciona o maior conforto possível para a mão.
Ainda falando de ergonomia, este modelo vai de encontro ao que a Razer nos tem habituado. A mão direita encaixa-se na perfeição, diria até que é quase um “acto terapêutico” usar este rato, sobretudo comparando com outros modelos de ratos mais banais. Desde que uso intensivamente o Mamba, tenho estranhado qualquer outro rato que use. E o melhor de tudo é o seu peso que ronda as 125g. Para mim, possui um peso ideal.
Tem também um excelente equilíbrio de velocidade e fluidez do cursor com um laser de tanta precisão, como este de última geração. Este Mamba é o primeiro rato a possuir um laser 5G de 16.000 DPI, o que significa que movemos o cursor em maior distância no ecrã, com menos movimento físico do rato, graças à menor área de acção. O laser, é preciso como o esperado, no entanto, na minha opinião é mais útil em resoluções acima de 1080p. Em resoluções mais baixas, torna-se demasiado sensível. Acabei por reduzir a resolução para algo à volta de 6000 DPI, onde me sinto confortável com as resoluções que uso e que considero ideais para o que, normalmente, trabalho (1280×1080).
O scroll também sofreu uma pequena alteração em relação ao modelo original. Em vez de termos um scroll suave, a Razer optou por adicionar pequenos intervalos no movimento da roda. É ideal para jogos First Person Shooter, quando precisamos de trocar de arma mas, para o uso diário, não é muito útil. Tem intervalos muito grandes e torna-se muito lento para quando precisam que o scroll seja mais preciso, por exemplo num texto de RPG ou para rodar opções num simulador. Para uso normal fora dos videojogos, navegar num browser da Internet ou a paginar um documento, por exemplo, usar este scroll requer algum hábito.
Sendo um rato wireless (sem fios), na parte inferior, encontrarão um switch para desligar o rato para não gastar a bateria. E podem manter o wireless desligado caso optem por usar com o cabo destacável fornecido. A bateria do Mamba oferece uma autonomia excelente de 20 horas com um só carregamento. Nos meus testes, até ao final dessa autonomia, fosse a jogar ou a trabalhar, não falhou uma única vez e manteve sempre a sua performance. O meu único ponto contra à bateria, é o facto de ser interna e de não existir uma forma prática e fácil de a trocar, caso esta se avarie no futuro.
A doca de carregamento é discreta e funcional, com um bom encaixe simples com recurso a um simples íman que mantém o rato na posição correcta, com os devidos encaixes em contacto. A doca também está equipada com uma luz personalizável e liga-se directamente ao computador através de um cabo USB. Embora tivesse usado o Mamba sem fios, podemos usar o tal cabo USB para ligar directamente ao computador. Confesso não senti diferenças de latência entre ligá-lo via wireless ou cabo, mas haverão sempre os defensores de cada opção.
Tudo isto faz com que este Mamba se destaque dos demais ratos do mercado. Há ainda um truque, uma tecnologia patenteada pela Razer, que chamou de Click Force Tecnology. Trata-se de um mecanismo interno que permite controlar a força necessária para activar os botões principais do rato. O controlo é feito com uma a chave própria (incluída na embalagem), rodando os parafusos presentes na parte inferior do rato.
Existem 14 níveis distintos de sensibilidade, que podem controlar para o vosso jogo de eleição. Caso optem por um shooter, o melhor será diminuir a sensibilidade para terem uma resposta mais suave no gatilho. Mas se “a vossa onda” for um MOBA, então o ideal será tornar o botão mais sensível para clicarem freneticamente nele durante as batalhas mais intensas.
A instalação, como qualquer outro periférico da Razer, correu às mil maravilhas e sem dores de cabeça. Já com o Razer Synapse instalado, foi uma questão de segundos para o software proprietário da marca detectar o rato e instalar os drivers necessários.
Depois, gastei uns breves minutos para personalizar o rato e a iluminação ao meu gosto. Como a família Chroma nos tem vindo a habituar, temos ao nosso dispor 16 milhões de cores para escolher, tanto para o rato como para a doca, através dos mais variados efeitos que vão desde o pulsar até a um autêntico arco-íris em movimento (Full Spectrum Cycling).
Veredicto
O Razer Mamba é o rato mais avançado que alguma vez testámos por aqui no WASD. O seu visual, em conjunto com o laser 5G de 16.000 dpi, a elevada autonomia e a Click Force Tecnology fazem dele verdadeiro topo de gama. Mas com isso chega também o seu elevado preço a rondar os 150€. Contudo, será certamente um excelente investimento para os mais dedicados, com rato esteticamente bonito e com muitas funcionalidades para vos acompanhar em todas as aventuras.
- MarcaRazer
- ModeloMamba
- Lançamento2016
- PlataformasLinux, Mac, PC
Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.
Mais sobre a nossa pontuação- Funcionalidade com e sem fios
- Ajuste de pressão do clique
- 16,000 dpi
- Autonomia de 20 horas
- Esquerdinos não gostarão do formato
- A bateria não é facilmente substituível