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Análise – Razer Viper

Quando pensávamos que não haveria mais nada para evoluir nos ratos para jogar, eis que a Razer surge com esta novidade. O seu Razer Viper foi construído com o feedback de vários atletas de eSports e o resultado não podia ser mais surpreendente.

O que se destaca imediatamente neste acessório é, sem dúvida, o seu aspecto. Os mais recentes ratos da marca possuem uma única peça para os botões principais e para o próprio corpo. O que para uns pode ser uma boa ideia de design, para outros é uma má escolha que interfere com a performance em jogo. Para o Viper, a Razer optou pelo design do modelo anterior e o resultado são três peças independentes e simétricas, com um corte bastante característico entre os botões e a própria base. E há mais a destacar neste design.

Todas as áreas onde a mão entra em contacto com a superfície tem um acabamento fosco para aumentar a fricção e nas zonas de maior intensidade de uso, encontramos umas protecções de borracha. Estas aplicações laterais são mais finas que os outros modelos da Razer, mas oferecem a mesma qualidade, sendo quase impossível o rato “fugir” da nossa mão, mesmo em momentos mais intensos. Para além disto, este é o rato com a menor curva superior dos últimos anos, ficando-se apenas com uma altura de 3,7cm. Parece que os estudos ergonómicos ditam outras tendências para o conforto da mão.

E uma vez que já mencionei uma das suas dimensões, é importante referir as restantes. Este rato tem cerca de 12,7cm de comprimento, 66cm de largura e os tais 3,7cm de altura. Mais incrível é o facto de só pesar 68 gramas. Este é também o rato mais leve da Razer até à data. O seu peso pluma e a sua ergonomia são principalmente populares entre os jogadores de First Person Shooters, uma vez que a posição da mão torna-se mais cómoda quando temos de usar o botão direito quase tantas vezes como o e botão esquerdo. E tudo é facilitado pelo seu design ambidextro, para facilitar a vida também aos esquerdinos.

Na parte inferior encontramos o botão para trocar de sensibilidade, outra alteração dos modelos anteriores que tinham um botão (ou dois) para o efeito no topo do dispositivo. Esta mudança para baixo até pode ser positiva, uma vez que é possível carregar nesses botões no topo inadvertidamente. Inicialmente, este botão está programado para trocar entre cinco níveis de sensibilidade (DPI) diferentes: 400, 800, 1800, 2400 e 3200. No entanto, podem programar outras funções para este botão via software. Tenham só em atenção que não é um botão facilmente acedido.

No interior, podemos encontrar o sensor óptico de alta performance 5G, capaz de 16,000 DPI e com um polling rate de 1000 Hz (equivalente a um milissegundo no tempo de resposta). Este novo Viper conta ainda com os novos switches ópticos que melhoram o tempo de resposta e reduzem probabilidade de duplos registos por funcionarem através de feixes de luz. Não menos importante é a adição do novo cabo ultra-flexível intitulado de SpeedFlex com revestimento que não deforma depois de enrolar várias vezes e é também mais leve que os demais cabos para não comprometer os movimentos do rato.

Para reprogramar os botões ao vosso gosto e mudar os efeitos de luzes, já sabem, terão de usar o software Razer Synapse 3, o mesmo software proprietário da marca para quase todos os dispositivos. Em poucos passos é possível personalizar as cores e programações e ainda definir um dos botões para activar o modo HyperShift, uma funcionalidade que enquanto está activa, todos os outros botões podem ter uma segunda função.

Para testar a sua performance, decidimos testar um jogo mais rápido que o habitual, onde os reflexos são importantes. Um dos jogos onde o Razer Viper brilhou foi em Overwatch da Blizzard. A sua leveza e precisão fizeram de facto, a diferença, mesmo em situações de maior caos, nunca sentimos perda de rendimento por causa deste periférico. Outro jogo que decidimos testar, por ser também mais táctico, foi o último Call of Duty: Modern Warfare da Infinity Ward. Neste jogo, a passada é mais lenta, mas há ainda assim momentos em que a decisões e movimentos rápidos são importantes. Uma vez mais, o Viper surpreendeu pela positiva. Nestes jogos e noutros onde o usámos, mostrou-se cómodo por longas horas, rápido quanto-baste e com um tempo de resposta invejável. Tudo o que se pode desejar.

Enquanto escrevemos estas linhas, o Razer Viper tem um custo de 89,99€, um preço que pode ser facilmente justificado com todas as características que mencionei. Ainda assim, não é um rato para todas as carteiras, sendo claramente orientado para quem leva os jogos um pouco mais a sério. Se tiverem dispostos a investir num bom rato para melhorar o vosso desempenho online, para apostarem nos eSports ou simplesmente porque gostam de alta performance sem olhar a custos, o Razer Viper pode ser uma boa opção.

Veredicto

A grande atracção do Razer Viper é sem dúvida o seu peso reduzido, combinado com a tecnologia de ponta no interior, orientada para atingir um desempenho incomparável. Também não podemos esquecer que a sua altura mais baixa melhora significativamente o conforto por reduzir a pressão aplicada nos pulsos enquanto estamos a jogar. Esta vantagem tornou-se evidente ao mudarmos do nosso rato habitual (curiosamente um Razer: Basilisk). Se gostam de jogar online e não querem compromissos, mesmo que isso custe mais um pouco na carteira, não podem deixar escapar este rato.

  • MarcaRazer
  • ModeloViper
  • Lançamento2019
  • PlataformasPC
?
Sem pontuação

Ainda não tem uma classificação por estamos a rever o nosso esquema de pontuações em análises mais antigas.

Mais sobre a nossa pontuação
Não Gostámos
  • Valor um pouco alto nestes periféricos

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