A Beta Aberta de Ghost Recon: Wildlands não arrancou bem

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Há já algum tempo que a comunidade se debate sobre os prós e contras dos títulos permanentemente online, mesmo que não sejam particularmente jogos multi-jogador. No caso de Ghost Recon: Wildlands este debate reacende-se por causa de problemas frequentes.

O jogo possui esta mecânica de ligação permanente online, alegadamente por causa do modo cooperativo dinâmico que permite a jogadores entrar e sair de sessões de forma suave. Porém, é logo ao arrancar que obriga o jogador a fazer um registo online juntamente com uma conta UPlay. Isto significa que, mesmo que o jogo possa ser jogado inteiramente a solo, quem não tem uma ligação à internet não o pode jogar.

Esta lógica já foi estreada noutros títulos da Ubisoft, como em The Division, Watchdogs 2, Steep ou o recente For Honor. Na altura das suas Alphas e Betas (e mesmo depois de lançados), estes títulos tiveram inúmeros problemas que só foram resolvidos depois de extenso trabalho de correcção da produção. Seria de esperar que a Ubisoft aprendesse com estes erros, certo?

Ontem, quando a Beta Aberta chegou a todos os jogadores, durante as primeiras horas parecia que tudo estava a correr bem. Subitamente, ao final da tarde, a produção decidiu fazer uma intervenção nos servidores e… quase ninguém conseguiu conectar-se novamente. Um infame erro “Ribera 1000-B” aparecia nos ecrãs e ninguém conseguia sequer entrar no jogo.

Durante a Beta Fechada, um erro muito parecido, mas bem mais selectivo, também impediu muitos jogadores de iniciarem sequer o jogo. “Guaya 00507” também impedia os jogadores de ligar-se aos servidores da Ubisoft e, assim, de participara na fase de testes. Mudou apenas o nome do erro, mas a lógica parece ser a mesma: O serviço não permitia ligações e não havia qualquer forma de resolver o problema. Só ao fim de várias horas se chegou à conclusão que era um erro do próprio Uplay e, depois de um processo complicado de dessassociar e voltar a associar a conta, é que alguns conseguiam resolver a questão.

Eventualmente, as fases de testes Beta servem para testar estas questões. Muitas empresas escolhem estas fases para saturar os servidores e testar mecânicas de ligação e matchmaking. Depois de algum tempo com queixas e reclamações, a situação parece ter estabilizado, pelo menos para uma maioria de jogadores, tanto a Beta Fechada como nesta mais recente Beta Aberta. Contudo, fica no ar a ideia se esta mecânica é a ideal.

Por um lado, se a produtora escolhe uma lógica de ligação online permanente, terá de garantir que essa ligação é fidedigna, caso contrários o jogadores nem sequer podem jogar a solo, quanto mais juntar-se a sessões online. Muitos títulos possuem uma opção offline para um modo de carreira ou de treino quando isto acontece.

Por outro lado, este tipo de ligações permanentes parece totalmente escusado e deveria ser opcional. Apesar de uma das componentes deste jogo ser a acção cooperativa até quatro jogadores, o título parece sobreviver muito bem sem esta dinâmica. A inteligência artificial parece ser suficiente para a maioria dos casos em jogo. Entrar em sessões públicas ou privadas para jogar cooperativamente é inteiramente opcional. Por isso, porquê obrigar a uma ligação permanente?

Já não falta muito para este jogo nos chegar na sua versão final. Ghost Recon: Wildlands será lançado a 7 de Março na PlayStation 4, Xbox One e PC. Esperemos que estes e outros erros encontrados nestas fases sejam resolvidos e não cheguem ao jogo final que nos parece bastante interessante.

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