Call of Duty: Modern Warfare III chega hoje sem grande recepção
Se acompanharam os desabafos dos fãs e algumas poucas análises que ousaram antecipar Call of Duty: Modern Warfare III, notaram que o jogo da Sledgehammer Games não teve a melhor das recepções.
Inicialmente retratado como uma expansão para Modern Warfare II, pouca gente esperou que um Modern Warfare na sua plenitude pudesse ser lançado em tão pouco tempo, em especial porque não seria a “dona” desta sub-franquia, a Infinity Ward, a fazê-lo e, sim, a relativamente menos “cotada” Sledgehammer. Por outro lado, os primeiros sinais dados por uma reciclagem de mapas dos jogos anteriores para o modo de jogadores e uma inexplicável estreia de um modo de zombies em Modern Warfare, trouxeram alguns clamores de “perigo” para uma série que não pode cometer riscos de fazer algo banal.
Há alguns dias, quem pré-encomendou o jogo teve acesso ao modo de carreira a solo em acesso antecipado. Talvez o habitualmente fantástico modo de carreira pudesse dar boas perspectivas do que aí viria. Mas, como vimos, o efeito foi exactamente o contrário, com os jogadores a reportarem uma carreira fraca, concluída em cerca de 3 a 4 horas, com um conceito de mundo aberto que não adiciona nada de especial à jogabilidade. Confirmou as piores perspectivas que a Sledgehammer não tinha nem tempo, nem experiência para criar algo ao nível dos dois primeiros reboots de Modern Warfare.
Segundo (outra vez) o jornalista Jason Schreier, fontes suas indicam que o jogo teve, realmente, um tempo muito reduzido para ser produzido, com cerca de 18 meses para passar de “expansão” a “jogo completo”, obrigando os funcionários a “trabalhar fins de semana e feriados”. 18 meses pode parecer aceitável para produzir um jogo mas não um Call of Duty, muito menos uma terceira parte daquela que se tornou a maior sub-série da franquia.
O anterior jogo em que a Sledgehammer participou foi também um jogo francamente falível em oferta, igualmente com uma campanha fraca se comparada com os títulos anteriores, Call of Duty: Vanguard. Também na altura foi dado a entender que a produção teve pouco tempo para desenvolver esse jogo na sua plenitude, mesmo com o apoio de outros estúdios, como a Treyarch na produção dos outros modos de jogo.
Segundo continua Schreier, a ideia original da produtora era criar uma campanha mais curta passada no México, talvez derivada da história do agente Vargas e da traficante Valeria (em baixo). Contudo, ao que parece, a Activision interferiu nos planos, obrigado a produção a reiniciar tudo para algo mais marcante, o regresso de Makarov que tinha sido antecipado no final do jogo anterior. E é curioso que este artigo mencione que a Sledgehammer ainda hoje sonhe em se vindicar com uma possível sequela a Advanced Warfare. Enfim.
Call of Duty: Modern Warfare III é hoje lançado para s PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC, inclusive num curioso e algo inesperado bundle com a nova PS5 “slim”. O sentimento geral dos que já estão a jogar é que é um jogo “mais do mesmo”. Nos primeiros instantes da nossa experiência, a instalação de tantos gigabytes de dados é o que mais incomoda, trazendo uma sensação de “enchimento” pela quantidade e não pela qualidade, algo que esta série, de facto, não precisava.
À espera dos jogadores está ainda uma actualização “Day One” com inúmeras melhorias e alterações, nenhuma que mude profundamente a fórmula mas que certamente ajudarão a uma ou outra avaliação mais positiva. Entre as principais novidades introduzidas hoje, está uma nova punição do sistema anti-batota Ricochet, “Splat” que, basicamente, inutiliza o paraquedas dos batoteiros.
Contamos ter a nossa análise o mais rapidamente possível, uma vez que só hoje mesmo tivemos acesso ao jogo, perdendo o acesso antecipado ao modo de carreira, impedindo-nos de falar dele. Pelo que é dado a entender, porém, nem nós, nem vocês perderam grande coisa… Veremos.
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