CEO da EA afirmou que FIFA “são só quatro letras na caixa”

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Certamente recordam a nossa notícia de que a Electronic Arts e a FIFA estariam num ponto de cisão com relação ao simulador de futebol FIFA Football da EA Sports. Há mais “farpas” para adicionar ao tema.

No ano passado, a EA alegou que a FIFA queria muito dinheiro pela licença actual. Na altura, terá sido registada uma nova franquia, EA Sports FC, que deverá ser o novo nome dos jogos da série FIFA Football. Entretanto, a própria Federação Internacional de Futebol Associado afirmou que estaria a estudar novas formas de usar a licença, dando a entender que outras empresas teriam a oportunidade de usar a marca.

Pouco antes desta cisão se tornar pública, o CEO da Electronic Arts, Andrew Wilson usou uma expressão um tanto jocosa para descrever a forma como esta marca FIFA tem vindo a ser usada. Segundo o site VGC, numa reunião interna em Novembro passado, Wilson terá dito que tiveram “uma óptima relação com a FIFA nos últimos 30 anos”, alegando mesmo que foi a franquia criada pela EA que “deu mais significado” à marca FIFA, uma afirmação um pouco ambiciosa.

Contudo, diz Wilson, “basicamente, o que temos da FIFA num ano sem Campeonato do Mundo são quatro letras na caixa, num mundo em que as pessoas nem veem a caixa porque compram o jogo digitalmente”. Para todos os efeitos, sim, Wilson tem razão. Mas, convenhamos que não foram só os jogos que elevaram a marca à sua dimensão actual, contribuindo bem mais para isso a própria popularidade do futebol e as suas competições.

Wilson também terá abordado as questões dos patrocínios e marcas associadas as futebolistas e organizações. Algumas cláusulas destas licenças terão mesmo impedido a EA de explorar a natureza do jogo de futebol, com outras formas de jogar além do tradicional Futebol de 11. O que não parece ser assim tão verdade se introduziram Volta Football (Futebol de rua com 4 ou 5 elementos) nos últimos títulos.

O mais irónico é que Wilson nem sequer considera que o montante elevado pedido pela licença fosse um factor. Para o CEO, o verdadeiro motivo da cisão foi mesmo esse alegado impedimento criativo de que se queixa. É por isso que a série de futebol da EA continuará, com um rebranding e ampliando a sua oferta. Será que irá ter o mesmo sucesso sem as tais “quatro letras”? Só o futuro poderá dizer.

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