CEO da Unity afastado depois de decisões polémicas

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Um dos mais populares motores gráficos de criação de jogos, especialmente entre os Indies está a passar um mau bocado. Apontado como motivador do mau momento John Riccitiello foi afastado do cargo de CEO da Unity.

Apesar de Riccitiello ser um executivo algo criticado no seu histórico, sendo também ex-CEO da Electronic Arts em anos de más prestações financeiras, tornou-se CEO da Unity em 2013 e foi lá que, provavelmente, teve o seu pior momento. Na sua direcção, a empresa decidiu criar a agora infame “Runtime Fee”, que tanta indignação gerou, fazendo depois a Unity recuar na decisão e ajustar o seu plano de monetização para algo mais realista.

Contudo, não parece que a relação com os produtores de videojogos tenha voltado ao normal. Alguns produtores mantém a sua intenção de mudar de programa de criação depois daquilo que sentem ser uma “traição” da sua confiança. Uma vez mais, Riccitiello é afastado do cargo de liderança de outra grande empresa de dimensão mundial depois de um mau momento.

Riccitiello já tinha sido amplamente criticado por tentar expandir o alcance da Unity para lá dos videojogos, envolvendo-a com a indústria automóvel e até no cinema, lançando receios de que o desvio de atenção afectaria o desenvolvimento da componente de criação de jogos. A monetização agressiva proposta com a “Runtime Fee” terá sido a “gota de água” da tolerância mostrada perante as suas decisões mais críticas.

Para o seu lugar, James Whitehurst, ex-presidente da IBM, será agora CEO e presidente interino, enquanto que Roelof Botha ocupará o cargo de chairman da empresa. Nas suas mãos terão agora a incrível responsabilidade de “apanhar os cacos” dos estragos causados por aquela que será uma das piores decisões de monetização que há memória num software de criação de videojogos. Boa sorte.

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