Empresa-mãe da 505 Games prepara-se para despedir

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Também a Digital Bros., empresa que detém a editora 505 Games vai abraçar esta infeliz tendência actual de despedir, anunciando que irá despedir cerca de 30% da sua força laboral em vários sectores.

Seria de esperar que, com tantos êxitos recentes, como Assetto Corsa, Control, Terraria, Death Stranding (PC) e tantos outros títulos de sucesso, que o grupo da 505 estivesse em melhor condição de escapar a esta onde de despedimentos e restruturações. Mas, não é bem assim. A Digital Bros., sediada em Milão, Itália, decidiu iniciar um processo de despedimentos que inclui restruturações dos estúdios de produção e unidades de publicação, como são a Italiana Kunos Simulazioni (Assetto Corsa) e os Britânicos DR Studios (Terraria), assim como em várias outras secções à volta do mundo.

Curiosamente, a DB parece “inspirar-se” na outra notícia que demos conta hoje mesmo, em que a Amazon “culpou” os clientes pelo seus despedimentos. Numa nota à imprensa, a empresa também justifica a sua decisão com as preferências dos clientes. Diz a nota que a sua audiência “prefere propriedades intelectuais mais estabelecidas”, jogando-as por “períodos mais longos”. Assim, o esforço das empresas do grupo será agora de “lançar mais sequelas e novas versões de jogos de sucesso”, reduzindo assim o número de novas produções de orçamento elevado.

O que é o mesmo que dizer que os clientes preferem mais as sequelas, reboots, remakes e remasterizações que os novos IPs. Acontece que esta é uma tendência criada pelos próprios estúdios e produções. É bem menos dispendioso e mais conservador lançar este tipo de sequelas ou reedições, do que é criar novos títulos ou novos conceitos. O que está aqui em causa, porém é o lucro. Embora novos jogos possam ser sucessos, o risco inerente a uma menor margem de lucro em investimentos mais elevados, cria uma decisão óbvia. O resultado menos feliz, porém, é que os funcionários são sempre os elementos mais redundantes.

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