Marcus Lehto deixou Battlefield e a Electronic Arts

Uma vez mais, Marcus Lehto abandonou um estúdio que fundou cheio de expectativas. Desta feita, trata-se da produtora que fundou para a Electronic Arts com o objectivo de trabalhar no próximo Battlefield.

Para quem não conhece, Lehto é um dos co-criadores da série Halo para a Bungie, tendo depois criado um novo estúdio e projecto, Desintegration que acabaram “na gaveta”. Depois de algum “teasing”, Lehto voltou a dizer que iria trabalhar num jogo “divisor”. Depois ficámos a saber que seria um estúdio sob alçada da Electronic Arts, onde trabalharia num novo modo de carreira na franquia Battlefield.

Pois bem, parece que o criativo não se terá dado bem com estes novos “ares” e também abandonou esta produtora que fundou, a Ridgeline Games. Criado em 2021 em Seattle, EUA, com o objectivo de liderar este projecto, foi gerido desde então por Lehto no cargo de director de arte e director criativo, assim como exercendo o cargo de director do estúdio em si.

Embora nenhum anúncio oficial tenha sido feito, todas as referências de Lehto na EA ou na série Battlefield, assim como as suas próprias referências do produtor nas redes sociais como estando a trabalhar nessa franquia, foram removidas sem nenhuma informação adicional.

Seems like @game_fabricator has left EA, removing all references of battlefield from his bio, problems are starting already? pic.twitter.com/kqzsWCnTl6

— DANNYonPC (@DANNYonPC) February 24, 2024

Até agora, a Ridgeline Games continua a trabalhar normalmente no modo de carreira do próximo próximo capítulo de Battlefield, ao lado de outros estúdios da EA, como a Ripple Effect e a própria DICE, que se focam noutros aspectos, como o multi-jogador. O site oficial do estúdio não removeu ainda o nome de Lehto da sua direcção. Vejamos o que será anunciado nas próximas semanas com relação à partida de Lehto, mudanças no estúdio ou alguma alteração no projecto.

O que é relevante apontar aqui é que estamos a ver cada vez mais autores de renome a deixar de lado as grandes franquias em busca de algo mais “controlável” ou criativamente mais livre. Muitas franquias de elevado investimento possuem um foco no tempo e no retorno financeiro, o que condicionará algum trabalho mais experimental e criativo. Por outro lado, temos visto uma notória queda na qualidade geral dos novos jogos, fruto de alguma pressa em “produzir”, contribuindo para uma insatisfação geral entre os produtores.