Microsoft pode remover a Activision do Reino Unido para fazer negócio avançar

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O motivo pelo qual as agências para a concorrência de vários países estão a analisar a aquisição da Activision pela Microsoft, tem a ver com o facto delas estarem representadas nesses países. Então e se…?

É uma pergunta francamente lógica. Se a Microsoft simplesmente decidir remover a Activision do Reino Unido, não seria essa uma forma de contornar a recente decisão de bloquear o negócio naquele país? Com 69 mil milhões de dólares em jogo, se calhar o melhor é simplesmente ignorar a Competitions and Markets Authority (CMA) e levar o negócio para onde é apreciado.

As representações são, na maioria dos casos, escritórios locais ou até estúdios. Contudo, há também investimentos financeiros em vários sectores paralelos, em muitos casos como contrapartidas acordadas entre governos e investidores. Em muitos casos, várias empresas dão também a volta a impostos por alterar sedes fiscais em países onde possuem benefícios. Por isso, não sempre é só algo como “mudar de morada”.

Quem avança esta possibilidade é o site Bloomberg que avança também outras opções mais ou menos radicais que a Microsoft poderá tomar. Ao que parece, o presidente da Microsoft Brad Smith irá encontrar-se com um representante governo Britânico na próxima semana, provavelmente para lançar esta hipótese sobre a mesa. Bluff ou simples ameaça, parece algo que pode muito bem acontecer, até porque o recurso pedido pela Microsoft só terá resolução em Julho.

Recentemente, tanto a Comissão Europeia, como a China aprovaram o negócio, esta última sem quaisquer reservas. Mesmo que a Americana FTC ainda tenha objecções, se o resto do mundo aprovar o negócio, ficaria numa situação delicada se não aprovasse. Hoje em dia, é irrelevante onde as empresas estão sediadas. As representações locais chegam a ser meros escritórios formais. Por isso, é bem possível que um dia a Activision ainda fique sediada… em Portugal… Porque não?

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