Nacon responde à Frogwares na disputa de The Sinking City
Conforme reportámos há dias, a produtora Frogwares veio recentemente a público pedir que os jogadores não comprem a versão Steam para PC do jogo The Sinking City. Em causa estaria uma publicação não autorizada do jogo, fruto de uma disputa legal contra a Nacon.
A alegação da Frogwares era que a Nacon lhe devia 1 milhão de Euros em royalites, algo que acabou na barra do tribunal, tendo também as vendas do jogo sido suspensas. Acontece que o Tribunal de Paris deliberou a favor da distribuidora Francesa, concluindo que a rescisão unilateral do contrato por parte da Frogwares não fazia sentido. Sem restrições legais, a Nacon acabou a publicar novamente o jogo no Steam. Assim, a produtora achou por bem usar as redes sociais para literalmente pedir que os jogadores não comprassem o jogo. Finalmente, a Nacon responde.
Perante a alegação da Frogwares, a Nacon esclareceu que contribuiu com o “financiamento do desenvolvimento e com o pagamento de royalties na ordem dos 8,9 milhões de Euros até à data (incluindo um pagamento integral de uma versão jogo para o Steam), fazendo um investimento global acima de 10 milhões de Euros quando integrado com custos de marketing. Ao contrário das alegações da Frogwares, a Nacon pagou todas as quantias devidas”.
A editora e distribuidora Francesa acrescentou ainda que “a não ser que a Frogwares esteja a agir de má fé, não tem razão para não tornar o jogo disponível para a Nacon no Steam”. Ainda segundo a Nacon, a deliberação do Tribunal ordena a Frogwares a continuar o contrato e retrair-se de “alguma acção que impeça essa continuação”, recordando que o Tribunal chamou mesmo a acção da Frogwares de “manifestamente ilegal”.
Porque, mesmo assim, a produtora se recusou a colaborar por fornecer a versão do Steam para ser vendida nesta plataforma, a Nacon terá disponibilizado uma sua versão, activando uma pretensa cláusula contratual que lhe permite usar uma empresa terceira para adaptar o jogo à plataforma.
O site Vice contactou a Frogwares que continua a chamar a versão do jogo da Nacon de “pirata”, especialmente o DLC “The Merciful Madness”, sobre o qual a produtora alega que “a Nacon não tem quaisquer direitos”. A produtora promete mais acções e a apresentação de provas, além de mais movimentações legais para evitar que isto se repita. Seja lá o que acontecer agora, este parece ser um processo que, tão cedo, dificilmente terá um fim à vista.
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