Novos desenvolvimentos na compra da Activision pela Microsoft
O negócio da compra da Activision pela Microsoft está ainda no ar, mas há novos desenvolvimentos. Não só um grupo de jogadores quer impedir o negócio, como a Comissão Europeia quer ouvir os envolvidos.
Ainda há dias, ouvimos que a autoridade para a concorrência dos EUA quer impedir o negócio com um processo judicial. Agora temos outro possível processo levantado por um grupo de jogadores.
Segundo avança a Agência Reuters, o processo deu já entrada no Tribunal Federal da Califórnia e o documento pode já ser consultado. Este processo junta 10 jogadores de vários estados dos EUA e visa travar o negócio que dizem dar “poder exagerado [à Microsoft] na indústria dos videojogos”, dando-lhe margem para “antagonizar rivais, limitar produção, reduzir a escolha do consumidor, aumentar preços e inibir ainda mais a competição”.
Mesmo perante este processo e o da FTC, a Microsoft mostra-se confiante no negócio. Numa declaração, o presidente da Microsoft Brad Smith disse que possui “completa confiança” na defesa do negócio e mostrou-se optimista para apresentá-la em tribunal.
Contudo, há quem não esteja tão confiante nessa defesa. Entre as entidades com dúvidas está também a Comissão Europeia. Novamente, avança a Agência Reuters que um conjunto de produtores de jogos e distribuidores foi interrogado no início deste mês acerca do negócio.
No documento de 91 páginas que a Reuters teve acesso (não partilhado), a Comissão Europeia elaborou um questionário com perguntas directas pedindo a opinião sobre tópicos, como uma “degradação da qualidade” nos jogos da Activision em consolas concorrentes ou os efeitos de uma possível “exclusividade parcial” nas plataformas da Microsoft.
As várias perguntas também abrangem tecnologias de Cloud e streaming, sistemas operativos de PC, preços e disponibilidades. O documento deve ser respondido nestes dias pelos solicitados. A julgar pelo tom das perguntas, se as respostas forem negativas, é bem possível que a Comissão decida travar o negócio ou, pelo menos, dificultá-lo. Infelizmente, a entidade não comentou a notícia da Reuters.
A novela promete continuar. Como sempre: “não percam o próximo episódio, porque nós… também não”.
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