Palworld é um fenómeno de sucesso e… polémica

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A fórmula de Palworld parece talhada para o sucesso. Lançado no PC e nas consolas Xbox em acesso antecipado, bateu recordes de vendas sucessivos, atraindo milhões. Contudo, este seu sucesso tem uma sombra incontornável, o plágio.

Segundo a produção, em pouco mais de oito horas de lançamento, o jogo já tinha vendido 1 milhão de cópias. O sucesso foi tal, que os servidores tremeram perante tanta procura. 24 horas depois, o jogo ultrapassou os dois milhões de cópias e algumas horas depois atingiu mesmo os três milhões de cópias e até os quatro milhões em apenas 3 dias. Fixou-se no topo dos jogos mais jogados no steam e a sua estreia também via Xbox Game Pass, então, foi a forma ideal de chegar a uma audiência vastíssima. Infelizmente, também deu pano para mangas para a sua pequena produtora Japonesa Pocket Pair a braços com vários problemas de servidores. Deveras, ninguém falou de outra coisa neste fim de semana mas, nem sempre bem…

Afinal do que se trata Palworld? Este é um jogo de aventura e acção, com elementos de sobrevivência, em mundo aberto, podendo ser jogado a solo ou online. Neste mundo, Palpagos, vivem uma série de criaturas, os Pals, que os jogadores poderão combater e coleccionar para depois os usar para construir bases, combater e fazer outras actividades. Além de um amplo uso de armas de fogo, a comédia latente em quase tudo cria um ambiente profundamente descontraído, cujo intuito é somente entreter por coleccionar o máximo número de pals e sobreviver a este mundo onde outros treinadores de pals tentarão de tudo para nos impedir.

Se isto soar familiar, é porque é mesmo. O jogo foi amplamente (e impunemente) descrito como um “Pokémon com armas“, uma vez que as pequenas criaturas têm uma semelhança muito duvidosa com os Pokémon, com a óbvia nuance de carregarem armas de fogo. Sim, embora não sejam rigorosamente iguais a nenhum Pokémon conhecido, a arte geral e o design destes bichos é particularmente verosímil (pelo menos), havendo exemplos um tanto complicados de explicar. É óbvio que a Pocket Pair andou a “inspirar-se” em Pokémon, criando uma clara sátira camuflada de “ideia original” que, afinal, até funciona muito bem.

Online, vários jogadores e fãs de Pokémon foram para as redes sociais reclamar aquilo que chamam de plágio, mostrando várias imagens de Pals que se parecem com alguns Pokémons mais ou menos obscuros, em busca de um fio condutor para um possível embate com a Nintendo ou com a The Pokémon Company. Mais, há também acusações de plágio de Ark: Survival Evolved a nível de mecânicas, lógicas e até de menus de jogo. De facto, há uma longa lista de itens que os jogadores acusam a Pocket Pair de “furtar”.

Acreditamos que esta situação não fique por aqui. Até agora, nem a Nintendo (Pokémon), nem a Studio Wildcard (Ark) parecem ter reagido à situação, só mesmo os jogadores e fãs parecem ter levado isto a sério. Também a própria Pocket Pair não teve ainda qualquer reacção às acusações, parecendo estar mais preocupada em gozar com o sucesso imprevisto do jogo e a tentar lidar com os problemas técnicos que tem tido com tanta gente a jogar. Veremos o que pode ainda acontecer.

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