Radeon RX 480 é a resposta da AMD para o mercado VR
Depois de há quase um mês a Nvidia ter apresentado a suas placas topo de gama, apostando em GPUs de alta performance, esperava-se a reacção da AMD com uma arquitectura concorrente. A resposta chegou nestes dias, mas não é bem o que estávamos à espera.
Claramente a apostar no mercado dos novos dispositivos de Realidade Virtual, os novos GPU de ambas as marcas são evoluções técnicas assinaláveis para cumprir com os requisitos desta nova era. Só que, enquanto a Nvidia aposto nos GPUs de alta performance nas suas GTX 1070 e 1080, com um preço a condizer com a sua performance, a AMD traz-nos uma placa bem mais acessível.
A nova placa Radeon RX 480 com a arquitectura Polaris 10/11 não é uma resposta directa à Nvidia, pelo menos em termos de performance. Aqui, a nova placa apresenta uma performance aparentemente mediana, na linha da sua Radeon R9 390 lançada no ano passado, em volta dos 5 TeraFLOPs. A principal novidade na nova RX480 é a redução de consumo de energia (apenas 150Watts!), o suporte para DisplayPort 1.3/1.4 e o facto de ser “VR Ready” para trabalhar com a maioria dos dispositivos VR que chegam por esta altura ao mercado.
Onde a marca prefere apostar para reconquistar o mercado, é no preço. Anunciada por volta dos 200$ (cerca de 180€) fica a menos de metade dos valores comparados da recente Geforce GTX 1080 de 526€. Todos estes são preços de tabela, acrescentado, logicamente, impostos, transporte e outros custos adicionais. Mesmo assim, a nova Radeon parece combater “onde doi mais” no mercado dos GPUs modernos, sobretudo quando a Nvidia continua a praticar preços tão elevados em placas gráficas equivalentes.
Claro que não podemos equivaler estas placas em termos de potência. Se procuramos potência e não nos importamos com a despesa tanto a Geforce GTX 1080 ou GTX 1070 com os seus 9 TeraFlops (1080) e 6.5 TeraFlops (1070) de performance teórica são as escolhas óbvias. No entanto, se a vossa busca é condicionada por orçamento financeiro, esta nova Radeon parece uma escolha óbvia. Comparativamente, uma Nvidia equivalente pode ser a Geforce GTX 970 que, dependendo da versão, pode ser o dobro do preço desta nova Radeon.
É, de facto, uma outra forma de combate. Lançar uma placa que “cumpre” os requisitos do que é preciso no momento (para os dispositivos de Realidade Virtual), ao preço mais baixo possível. Vejamos como a “equipa verde” vai responder a este ataque da “equipa vermelha”.
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