[Actualizado] Sony Interactive Entertainment cancela Concord
[Actualização] Contactámos nas últimas horas a Sony Interactive Entertainment Portugal para perceber o que poderia acontecer com jogos Concord em formato digital ou físico que tenham sido comprados em lojas Portuguesas.
Em resposta, a SIE PT faz-nos saber que a informação contida no comunicado do Blogue Oficial PlayStation se aplica também às lojas Portuguesas. Ou seja, se “comparam o jogo num ponto de venda habitual em Portugal, poderão ser reembolsados. Os retalhistas vão aceitar todas as devoluções – quer de compras físicas, quer de compras online“. O que são óptimas notícias para todos.
Contudo, é sempre bom contactarem directamente estas lojas, talvez até mostrando o comunicado oficial do cancelamento e indicação de reembolso, ou até poderão mostrar este artigo em si. Notem apenas que em alguns casos muito pontuais, algumas lojas poderão não ter o devido protocolo com a SIE PT e podem nem sequer ter sido informadas deste cancelamento.
[Notícia original de 3 de Setembro de 2024]
A cerca de duas semanas depois do lançamento, depois de não ter entusiasmado nem crítica, nem fãs, Concord foi inevitavelmente cancelado. A única surpresa foi a Sony Interactive Entertainment ter tomado decisões tão rapidamente.
Depois de termos explicado na nossa análise como o jogo não nos surpreendeu positivamente, apesar dos melhores planos pós-lançamento, com um arranque aparentemente tão fraco e vendas aparentemente pouco entusiasmantes, já antecipávamos que a SIE, eventualmente, começasse a desistir do jogo. O que ninguém esperava é que hoje mesmo a Sony tivesse anunciado o cancelamento do jogo, removeu-o das vendas e ainda anunciou reembolsos para todos os que o compraram, tanto na PlayStation 5, como no PC.
Segundo a nota emitida à imprensa (e publicada no blogue oficial), a Sony “ouviu atentamente o feedback desde o lançamento” e tomou uma decisão. Apesar das “qualidades” reconhecidas por alguns jogadores, há um reconhecimento que “outros aspectos do jogo e o seu arranque inicial não tiveram o resultado pretendido”. O que é, de facto, um eufemismo a julgar pelas muitas análises e opiniões do jogo por aí. Assim, ao invés de prometerem melhorias, a SIE prefere o “tratamento de choque” de cancelar de imediato o jogo, fechar os servidores já no dia 6 de Setembro (dentro de 3 dias) e “explorar opções” daí em diante.
Isto deixa no ar uma leve ideia que Concord pode ainda voltar um dia com outra “cara”, talvez no formato que para nós faria muito mais sentido ser o deste jogo: um título Free-To-Play. Tem ainda potencial para explorar o seu óptimo conceito visual, claramente aprimorando as suas opções de jogabilidade e progressão, podendo mesmo apostar mais num conceito Coop ou mesmo uma carreira a Solo. O potencial está todo lá para isto e mais.
Por outro lado, este cancelamento também pode apenas significar que a SIE vai estudar outros projectos para tomar o seu lugar, nesta busca incessante da PlayStation em encontrar o seu “jogo como serviço” online a longo prazo que teima em não aparecer. A plataforma é bem mais conhecida (e bem sucedida) em experiências a solo mas o mercado parece virado para os jogos online de larga escala, como os infames e extremamente lucrativos MMORPGs, MOBAs e, claro, os shooters online. Concord, seguramente, queria enveredar por aqui mas não teve argumentos suficientes.
Sejam lá quais forem os planos, desde já, Concord foi removido das vendas na PlayStation Store (PS5), Steam e Epic Games Store (PC). Quem comprou uma das versões digitais nestas lojas terá direito a um reembolso total do jogo. Quem comprou a versão física via PlayStation Direct, a Sony garante o reembolso entre 30 a 60 dias. Quanto a quem comprou o jogo nos retalhistas, terá de contactar as lojas correspondentes. Se foi verdade que o jogo só vendeu cerca de 25 mil unidades, estes reembolsos não devem ser um grande “rombo” financeiro para a Sony.
O lado mais negro deste anúncio, porém, ficou de fora. Esperamos que os Firewalk Studios não sejam profundamente afectados com este cancelamento. A solução hoje em dia é simplesmente despedir quando algo corre mal. Neste caso, porém, duvidamos sinceramente que a culpa seja exclusivamente do estúdio, parecendo-nos um produto de ambição mais comercial ou executiva que correu mal. Mas, enfim, não se admirem se ouvirem falar de “restruturações” (outra vez).
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