Sony não está contente com desempenho da Bungie
Por mais promessas que faça, a Bungie ficou muito mal “na fotografia” pela forma como lidou com os problemas recentes de Destiny 2, entrando em modo de contenção e talvez perdendo o “brilho” que teve outrora. E a Sony não gostou.
Por muito que peça desculpas à comunidade, a falta de senso na estratégia de actualizações e algumas decisões menos sensatas, levaram à debandada de jogadores de Destiny 2, provocando uma crise interna que levou mesmo a despedimentos e mesmo à perda do director do jogo. A dada altura, alguns analistas consideraram a hipótese da Bungie perder a sua independência dentro dos PlayStation Studios.
Numa sessão de perguntas e respostas sobre o tal infame relatório financeiro da Sony para o ano fiscal de 2023, Hiroki Totoki, chairman do grupo PlayStation, respondeu a algumas perguntas mais sensíveis, entre elas, claro, foi interrogada a questão Bungie. Totoki até elogiou a criatividade do estúdio mas acabou por “desabafar” que esperava ver mais “responsabilidade assumida” por custos de produção e calendários da parte da liderança do estúdio.
“Visitei os estúdios da Bungie e tive várias reuniões com a gestão”, disse Totoki, notando que todos estavam “muito motivados” e conhecedores do meio onde desenvolvem o seu jogo. Contudo, o executivo acha que “há espaço para melhorias no ponto de vista do negócio”, apontando para as já mencionadas áreas de “despesas de trabalho e a assumir responsabilidade pelo agendamento de produção”. O chairman espera “continuar o diálogo e procurar boas soluções”. Ou seja, ou a Bungie entra nos eixos ou a Sony “puxa dos galões”.
Desde há meses (anos?) que a Bungie parece ter entrado numa espécie de “velocidade cruzeiro” com Destiny 2, o seu único jogo em carteira, ainda uma marca conceituada, apesar dos recentes insucessos. Desde que criou a fórmula de Destiny, a Bungie trabalhou exclusivamente nestes dois jogos, criando uma comunidade dedicada em ambos os títulos. Contudo, a qualidade criativa e empenho em torno das últimas actualizações não foi a melhor, parecendo partir do princípio que os “fãs gostam sempre”. Obviamente, não é assim, o efeito colateral fez-se sentir e agora é altura de repensar.
O que a Bungie menos quererá agora é ver a Sony passar a gerir o estúdio directamente. Afinal, estiveram anos como produtora interna da Microsoft, depois partiram para a independência que ganharam a custo das mãos da Activision Blizzard. Mas, será que uma nova gestão externa seria mesmo algo pior? Há defensores da total independência, como há de uma gestão Sony.
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