Temporada 5 foi a última para Halo: Infinite

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Com um lançamento aquém das expectativas, lançado em módulos e com um online pouco inspirado, Halo: Infinite não foi bem o jogo que os fãs queriam. A 343 Industries quer ainda mexer no jogo mas não com temporadas de conteúdo.

A nossa análise ao jogo, foi feita num momento em que acreditámos que a 343 Industries estava num óptimo caminho para fazer algo muito seu, descolando-se respeitosamente (finalmente) do legado da Bungie. De facto, dissemos que “o modo de carreira é como uma revolução “controlada”, o modo online é uma aposta forte na abrangência, cheio de argumentos para entusiasmar, sem propriamente cair em estereótipos”. De facto, correu muito bem o seu lançamento. O problema foi depois.

Nos dias que correm, já não se lançam jogos completos no dia de lançamento e assim ficam para a posteridade. Aquele chavão do “jogo como serviço” parece aplicável a quase tudo, em especial se o jogo tiver uma forte componente online. Porque a 343 decidiu lançar modos de jogo com um enorme desfasamento, a atenção dos fãs foi-se dispersando. Pormenores tão elementares como simplesmente poder repetir missões na carreira ou a falta de modos populares no início, assim como épocas de conteúdo algo longas de mais e um tanto insípidas em conteúdo, fizeram com que os jogadores dispersassem muito rapidamente para outros lados. O que sofreu mais com esse êxodo, obviamente, foi o online, exactamente o foco das cinco épocas, já que é também um módulo independente free-to-play e sobrevive com a adição de conteúdo.

Ao fim de cinco temporadas e muitas actualizações, o jogo lá encarrilhou um pouco para se tornar no que talvez os jogadores pretendiam. Mas, parece que já veio tarde. A massa de jogadores online está francamente reduzida nos dias que correm (acreditem, fomos constatar isso mesmo), especialmente comparada com o que chegou a ser no arranque, numa clara perda de interesse geral. Continua a ser um óptimo jogo de acção, seja a solo ou online, até a nível cooperativo. Simplesmente já se esgotou a oferta inicial e o conteúdo adicional trazido pelas temporadas não foi suficientemente empolgante, envolvendo alguma reciclagem de modos, mapas e equipamento.

Assim, a produção em temporadas para Halo: Infinite terminará com a actual, lançada em Dezembro passado, intitulada de “Reckoning”. Numa transmissão em directo da produção do jogo, o director da comunidade, John Junyszek explicou que haverá uma “transição” de como o jogo será suportado neste ano. Assim, deixam de haver temporadas, passando a haver Operations mais regulares, mais curtas, mas trazendo à mesma novos modos, armas, equipamento ou mapas, como se fosse mini-épocas. A primeira destas Operations chegará já no dia 30 de Janeiro e é inspirada no spin-off Halo Wars.

Na transmissão, Junyszek explica ainda que a produção foi reenquadrada, adicionando mais equipas para trabalhar neste novo conteúdo sazonal. Talvez tendo mais equipas dedicadas se consiga adicionar algo mais regular que os largos meses por época que levaram tantos ao aborrecimento, tentando também algumas ideias diferentes e mais compartimentadas. Parece que a 343 está mesmo agarrada de “unhas e dentes” à série Halo. Os fãs desejam, obviamente, toda a sorte para esta nova era de empenho pelo jogo. Resta saber se é suficiente (ou a tempo) para os chamar de volta.

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