Ubisoft terá sido a culpada pelas más vendas de Prince of Persia: The Lost Crown
Como mencionámos, a Ubisoft terá afastado a equipa de produção e negado alguma sequela de Prince of Persia: The Lost Crown por não ter atingido “metas financeiras”. Para um responsável de Baldur’s Gate III, porém, a culpa é óbvia.
Trata-se do próprio director de publicação dos Larian Studios, Michael Douse que, nas redes sociais, não hesitou em encontrar o que acha ser a verdadeira culpada do desaire e consequente decisão inesperada: a própria Ubisoft. Na sua mensagem, Douse sugere que o “falhanço” não foi provocado por mau trabalho da equipa, algo que ficou bem evidente pela óptima recepção da crítica e dos fãs.
Para Douse, em vez de ter sido lançado no PC apenas na Epic Games Store e na sua plataforma Ubisoft Store, deveria ter também estreado logo no Steam, em vez de demorar sete meses a chegar a esta, que é “só” a maior plataforma e loja de jogos para PC. Para o executivo, isto levou a uma baixa procura pelo jogo, numa altura que a empresa estava já a enfrentar baixas vendas de outras franquias.
De facto, concordamos que os lançamentos exclusivos de plataformas nem sempre fazem grandes favores aos jogos. Há anos que a Ubi tenta forçar a sua plataforma PC e as suas subscrições Ubisoft+ aos jogadores sem grande sucesso assinalável. Aliciá-los com lançamento exclusivos temporários numa plataforma que não querem, pode mesmo ser um “tiro no escuro”.
Por outro lado, o PC até pode ser uma importante fatia do mercado mas, sem dúvida que as consolas terão o seu impacto significativo, pelo que o lançamento faseado no Steam não pode explicar tudo. Talvez o “insucesso” deste jogo seja apenas uma expectativa não atingida da própria Ubisoft que, ao ver o sucesso do jogo, esperava que atingisse níveis de vendas astronómicos. Não era este o jogo que faria isso.
Entretanto, a Ubisoft insiste em criar jogos muito semelhantes entre si, sem grande profundidade ou fulgor criativo, descaracterizando franquias de longa data como Rainbow Six, Ghost Recon ou Assassin’s Creed, adiado quase eternamente grandes investimentos como Beyond Good and Evil 2 ou o falível Skull and Bones ou ainda inexplicavelmente “esquecendo” êxitos potenciais como Driver ou Splinter Cell.
Por fim uma nota pouco elogiosa ao facto de um responsável de uma produtora, que por acaso teve em mãos um grande sucesso, dissertar sobre as estratégias alheias de outros títulos. A Ubisoft já está num mau momento, não precisa de mais escrutínio (não solicitado) de terceiros.
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