Visionário de The Callisto Protocol despede-se do estúdio

Glen Schofield foi produtor executivo do primeiro Dead Space. A sua visão era recriar esse sucesso com The Callisto Protocol. Esse plano, claramente, falhou e o produtor decidiu “seguir caminho”.

O anúncio veio de um representante da empresa-mãe do estúdio Striking Distance, a Krafton. Ao site Bloomberg, o representante explicou que o produtor “decidiu procurar novas oportunidades”, deixando o estúdio que ele próprio fundou em 2019.

A história deste estúdio é peculiar, uma vez que o objectivo original não era de criar este jogo em particular mas, sim, conceber uma nova experiência de jogo para… PUBG. É verdade, de mod glorificado a título próprio, é um salto muito ambicioso, o que poderá também explicar porque é que o jogo falhou na entrega.

Conforme já tínhamos mencionado, nos últimos meses o estúdio já tinha entrado em reestruturação, despedindo dezenas de funcionários. Com esta importante partida, o futuro do estúdio está ainda mais incerto. Por agora, Steve Papoutsis, anterior chefe de produção, assume o papel de CEO do estúdio. Depois, logo se vê o que acontece.

Quanto a Schofield, não é certo o que levou a despedir-se, nem que outras oportunidades serão essas que decidiu apostar. É estranho que um fundador abandone o seu próprio estúdio, justamente logo após um primeiro falhanço. É o problema de quando outras entidades se tornam proprietárias dos estúdios. Em muitos casos, os visionários passam a ser “apenas” funcionários e o seu poder criativo fica subitamente limitado. Então, se calhar, é melhor começar de novo.

Na nossa análise a The Callisto Protocol, dissemos que, “dados os muitos problemas técnicos e de conceito” e também “a sua dimensão curta e o final agridoce”, foi para nós “uma boa demonstração das capacidades de uma produtora que será capaz de fazer (muito) melhor.” Agora, já não sabemos se alguma vez iremos ver esse potencial devidamente aproveitado.